Não é propriamente uma crítica ao vídeo. O comentário que o acompanha ("Farta distribuição de carapuças") é preciso o suficiente para dispensar comentários. Então, cá nesse espaço, resta defender o quinhão ofendido. Sou jornalista, uma das carapuças serviu. E se há algo que me irrita profundamente é essa mania disseminada entre professores universitários, artistas e intelectuais em geral de dizer que a imprensa manipula as cabeças do mundo. "Benhê", quem nunca deu as fuças numa redação onde se produz o jornal que te chega todo dia pela manhã ou a meia hora de notícias do plantão televisivo deveria fazê-lo antes de arriscar essa avaliação. Manipular significa, está lá no Houaiss, "influenciar (indivíduo, coletividade), conseguindo que se comporte de uma dada maneira, para servir a interesses outros que não os seus próprios", "provocar alteração em; tornar falso; adulterar, falsear". Se você tem 15 minutos para pegar a verdade e falseá-la conforme os interesses da organização e consegue, parabéns: pode sentar cá na minha cadeira. Pq interesses das organizações são complexos, mutáveis e, requerem atualização constante sua, a parte que põe a mão na massa para saber a quem deve agradar ou desagradar naquele dia. E em 15 minutos, meus caros, não dá para fazer tudo isso não. A imprensa não manipula ninguém dessa forma maquiavélica que se quer fazer crer. Sabe pq? Pq os jornalistas que estão cá na ponta não tem tempo ou saco ou formação para fazê-lo. Ela manipula tanto quando o professor universitário, que está lá dando suas aulas e exaltando o materialismo dialético. Ela manipula tanto quanto o artista, que assumiu o lugar do messias para quem não tem ou acredita em messias. Ela manipula a partir do momento que com minha cabeça comezinha eu voto no PV, leio sobre as conclusões do IPCC com interesse e acho um absurdo pagar 27,5% de imposto sobre meus dividendos e, escrevendo as matérias me indigno com um pacote de aumento de impostos - em vez de reforma tributária - e vejo o mercado de carbono brasileiro se desenvolvendo mais lentamente do que poderia. Eu estou defendo as minhas crenças, como outros e isso passa muito aquém dos diretores das grandes multinacionais. Deixem os repórteres em paz. Façam suas notícias, com seus blogs e percebam a ingenuidade que é esse raciocinío da conspiração dos grandes. Já dizia Leminski: tudo que respira, conspira.
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Não é propriamente uma crítica ao vídeo. O comentário que o acompanha ("Farta distribuição de carapuças") é preciso o suficiente para dispensar comentários. Então, cá nesse espaço, resta defender o quinhão ofendido. Sou jornalista, uma das carapuças serviu. E se há algo que me irrita profundamente é essa mania disseminada entre professores universitários, artistas e intelectuais em geral de dizer que a imprensa manipula as cabeças do mundo. "Benhê", quem nunca deu as fuças numa redação onde se produz o jornal que te chega todo dia pela manhã ou a meia hora de notícias do plantão televisivo deveria fazê-lo antes de arriscar essa avaliação. Manipular significa, está lá no Houaiss, "influenciar (indivíduo, coletividade), conseguindo que se comporte de uma dada maneira, para servir a interesses outros que não os seus próprios", "provocar alteração em; tornar falso; adulterar, falsear". Se você tem 15 minutos para pegar a verdade e falseá-la conforme os interesses da organização e consegue, parabéns: pode sentar cá na minha cadeira. Pq interesses das organizações são complexos, mutáveis e, requerem atualização constante sua, a parte que põe a mão na massa para saber a quem deve agradar ou desagradar naquele dia. E em 15 minutos, meus caros, não dá para fazer tudo isso não. A imprensa não manipula ninguém dessa forma maquiavélica que se quer fazer crer. Sabe pq? Pq os jornalistas que estão cá na ponta não tem tempo ou saco ou formação para fazê-lo. Ela manipula tanto quando o professor universitário, que está lá dando suas aulas e exaltando o materialismo dialético. Ela manipula tanto quanto o artista, que assumiu o lugar do messias para quem não tem ou acredita em messias. Ela manipula a partir do momento que com minha cabeça comezinha eu voto no PV, leio sobre as conclusões do IPCC com interesse e acho um absurdo pagar 27,5% de imposto sobre meus dividendos e, escrevendo as matérias me indigno com um pacote de aumento de impostos - em vez de reforma tributária - e vejo o mercado de carbono brasileiro se desenvolvendo mais lentamente do que poderia. Eu estou defendo as minhas crenças, como outros e isso passa muito aquém dos diretores das grandes multinacionais. Deixem os repórteres em paz. Façam suas notícias, com seus blogs e percebam a ingenuidade que é esse raciocinío da conspiração dos grandes. Já dizia Leminski: tudo que respira, conspira.
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