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terça-feira, 27 de maio de 2008

Da frigideira para o fogo

Por Eduardo Souza Lima


Fim de semana prolongado, segunda-feira, hora de botar o pé na estrada e voltar da serra. É um clichê, eu sei, mas o péssimo estado de conservação da RJ 122, a popular Rio-Friburgo, nos faz pensar para onde vai o dinheiro de nossos impostos - e o trecho do vídeo abaixo nem é dos piores. Entramos na BR 116, trecho administrado pela Nova Dutra, e por R$ 7,80 de pedágio temos asfalto bom e sensação de segurança. É quase inevitável dar razão àqueles que acreditam que o país estaria melhor nas mãos dos empresários do que na dos governantes e que o mercado resolve tudo. Chegamos à Avenida Brasil, o carro quebra e sobra a velha e triste constatação de que, no Brasil, tanto o poder público quanto a iniciativa privada não estão nem aí para cidadão.

Por volta das 16:30h solicitamos um reboque à Unibanco AIG Seguros. A atendente nos garantiu que seríamos atendidos em menos de meia hora. O reboque só chegou quase duas horas e meia e vários telefonemas depois - e, pela foto acima, os conhecedores hão de verificar que não estávamos num lugar dos mais seguros. O motorista nos diz que só fora acionado às 17:40h. A vontade é de dar um joelhaço nos bagos do dono da empresa, mas o que resta é xingar por telefone um infeliz que ganha uma merreca por mês e que tem o pior emprego do mundo. Ou levar à Justiça a seguradora, sabendo de antemão que vai ser um processo desgastante, pois ela certamente tem na sua folha de pagamento advogados ardilosos.

Dizem por aí que basta ao consumidor mudar de marca caso não esteja satisfeito com o produto - como dizem que o voto pode nos livrar dos maus governantes. Só que tanto os políticos quanto os empresários do país parecem ter firmado um acordo entre si: o negócio é todo mundo ser igualmente velhaco. A Unibanco AIG Seguros não respeita o seu cliente, o governador do estado não está nem aí para a população, mas os seus similares são idênticos a eles. É o cartel do conformismo.

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