Revista Zé Pereira
Compre Aqui
Embarque
Marcha dos CineclubesO Caos Anda Sobre RodasHitler no LeblonO Caminho de Santa Teresa

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Galinha verde


O deputado federal Jair Bolsonaro desrespeitou ontem o ministro da Justiça, em reunião da comissão da Câmara sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, acusando-o de "amigo de terroristas". Tarso Genro rebateu o chamando de nazista e Bolsonaro deve ter rido por dentro. Porque Bolsonaro não é nazista. É apenas um espertalhão que vende uma visão deturpada de honestidade para cidadãos pouco esclarecidos. Para ele, o xingamento do ministro foi elogio. O seu eleitorado gosta.
Fosse honesto, Bolsonaro não se locupletaria às custas daquilo que diz desprezar, a democracia. Em vez de estar na Câmara, estaria de pijamas conspirando num clube militar. Mas, esperto que é, leva vida de marajá enganando militares ingênuos que acreditam que ele está na política para defender os direitos deles. E faz isso tão bem que levou a sua corriola a reboque - tem filho vereador, filho deputado estadual e chegou a eleger a mulher também.
Não há diferença entre Bolsonaro e Fernandinho Beira-Mar: ambos negociam o ilícito. Só que o esperto Bolsonaro se faz valer das vantagens do foro privilegiado. Sabe que pode falar e fazer o que bem entender que jamais vai ser preso. Finge combater a impunidade e a usa em proveito próprio. Diz que é a favor da tortura, da supressão dos direitos individuais e até da execução sumária. Durante a campanha do referendo das armas, chegou a dizer que atiraria numa criança que se aproximasse dele na rua - e aí, juiz Roberto Câmara Lacé Brandão, isso não é apologia ao crime não? E sabe que a sua maior bandeira, a pena de morte, é um tremendo engana-trouxa, pois não há a menor possibilidade de que ela venha a ser adotada legalmente no Brasil.
Porém, mais do que espertinho, Bolsonaro é um fanfarrão que acredita que só a força é argumento. E que foge da rinha na hora do pau - como fizeram os integralistas.

Marcadores:

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Resumo: mais um marginal, um vagabundo, institucional.

22 de maio de 2008 às 21:50  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial