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terça-feira, 22 de julho de 2008

A cara do cinema brasileiro


José Dumont anda meio afastado do cinema e a concorrência agradece; quando há filme com o ator paraibano em festival, não tem pra ninguém. Ele e o conterrâneo diretor de fotografia Walter Carvalho, autor da foto acima, já deviam ser considerados hours-concours faz tempo. Só que no Reino de Malhação, talento não dá camisa para ninguém. Mesmo sendo - disparado - o ator mais premiado da história do cinema brasileiro, só agora o grande Zé conseguiu alguma estabilidade financeira na profissão, contratado pela Rede Record: "Na Globo, só o Jayme Monjardim me chamava pra fazer alguma coisa", costuma dizer, sem ressentimento. O cimena, como se sabe, é uma atividade sanzonal - e, geralmente, paga mal. Zé mora até hoje numa quitinete no Catete.

O ator ganha uma mais do que justa homenagem em seus 30 anos de carreira a partir de hoje, com a mostra "José Dumont, o homem que virou cinema", que começa daqui a pouquinho, às 17h, no CCBB. O docudrama "Até a última gota" (1980), dá início aos trabalhos, que seguem às 19h, com "Brincando nos campos do Senhor" (1991), de Hector Babenco. São ao todo 20 filmes - ele atuou em 44 - como "Abril despedaçado" (2001, foto), de Walter Salles; "Árido movie" (2005), de Lírio Ferreira; "A hora da estrela" (1985), de Suzana Amaral; "Memórias do cárcere" (1984), de Nelson Pereira dos Santos; o inédito nos cinemas - na verdade, acho que só passou no "Cadernos de cinema", da TVE - "Minas - Texas" (1989), de Carlos Alberto Prates Correia; sua estréia nas telas, "Morte e vida severina" (1977), de Zelito Viana; "Narradores de Javé" (2003), de Eliane Caffé; "2 filhos de Francisco" (2005), de Breno Silveira; e "O baiano fantasma" (1984), de Denoy de Oliveira. O grande destaque, porém, é "O homem que virou suco" (1979), de João Batista de Andrade, que ganhou cópia restaurada e cujo trailer você pode ver aí embaixo. Na sexta-feira, às 19h, tem o debate "José Dumont, 30 anos de cinema brasileiro", com a presença do ator, do cineasta Zelito Viana e do pesquisador e preservador-chefe da Cinemateca do MAM Hernani Heffner. A programação completa da mostra está aqui.


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