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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Apologia da mediocridade


Por Eduardo Souza Lima

David Zylbersztajn, ex-genro de Fernando Henrique Cardoso, começou de mansinho sua carreira de blogueiro no Globo Online - ele faz parte da "Turma do Ancelmo". Aos poucos, porém, percebeu que havia espaço no site para um polemista estilo "Veja" e resolveu dizer a que veio - evidentemente se arvorando cidadão de bem indignado. Dia desses, bancou o John Wayne, num post em que defendia a invasão do Equador pela Colômbia: "Fosse eu cidadão de um país democrático, sofrendo os horrores de narco-terroristas sem causa, (...) se pudesse iria caçá-los onde estivessem, nem que para isto fosse preciso atravessar todas as portas do Inferno de Dante" - uiuiui!!!!. E, recentemente, partiu em defesa de Marcelo Madureira num texto raivoso, ofensivo e despropositado.

Zylbersztajn não vê nada demais em Marcelo Madureira chamar quem quer que seja de merda. Mas acha um absurdo que se faça um ato de desagravo pacífico ao ofendido. Zylbersztajn é daqueles cidadãos de bem indignados de uísque que vivem clamando por Justiça, mas que acham inconcebível o oficial de Justiça bater à sua porta. Para ele e sua turminha, o direito à liberdade de expressão é privilégio de uma casta - mexer com os judeus, por exemplo, é outra história (leia aqui).

Zylbersztajn diz adorar Glauber: "Pelo que falava, escrevia, e, menos, por seus filmes, que vi, todos, na velha cinemateca do MAM". Um cara que se diz tão culto menospreza Dejean Magno Pellegrin - a quem trata, desrespeitosamente, de "um tal Pellegrino" -, ninguém menos do que um dos fundadores da cinemateca que ele garante que freqüentava.

É um apologista de mediocridade que tece odes ao Oscar e a Cecille B. de Mille e que diz adorar, de verdade, o cinema nacional: "Por coincidência, o bom cinema nacional hoje não carrega, em seus créditos, nenhum dos patetas citados na reportagem", escreve. Os "patetas citados" são Paulo Cézar Saraceni, Cacá Diegues, Cláudio Assis e Bruno Safadi. O que Zylbersztajn considera o bom cinema nacional ele não revela. E alguém tão superior intelectualmente deveria reconhecer uma polêmica fabricada e saber que os "patetas citados" não procuraram "O Globo" para polemizar e, sim, foram procurados pelo jornal.

Mas é quando escreve que Glauber "teria ojeriza a esses bajuladores medíocres que mamam nas tetas do patrocínio público, da renúncia fiscal dedicada a festinhas e ao enriquecimento ilícito às custas do povo brasileiro" que Zylbersztajn, que não é humorista, mostra a sua cara. Na verdade o moço é um ressentido que sente falta da boquinha que o sogrão lhe arrumou como diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo.

E ele é apenas mais um.

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4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

E o Cony, na Folha, mostra que ouviu o galo cantar e não sabe onde.

4 de abril de 2008 às 19:58  
Blogger Unknown disse...

hj teve Cabezas Cortadas no Tempo Glauber. foi bom demais. dona Lúcia estava lá, Zelito, um dos produtores do filme tava lá, Marcelo Laffitte, que também passou 'Fúria', tava lá. avisei muito em cima, eu sei. mas estou aqui só para dizer que foi bom. muito bom. a sessão fez parte do cineclube Retorno do Eztétyko. na próxima, aviso com antecedência. pô deixar.

4 de abril de 2008 às 20:51  
Anonymous Anônimo disse...

Infeliz do humorista que só pode fazer piadas sobre a novela das oito...Glauber teria ojeriza aos que mamam e aos que mamaram nas tetas como o ex-genro do ex-presidente...

5 de abril de 2008 às 03:06  
Anonymous Anônimo disse...

Glauber, por acaso, teria ojeriza àqueles que estão mamando nas tetas públicas com indenizações milionárias por causa do regime militar?

5 de abril de 2008 às 17:23  

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