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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Mudamos de endereço

O blog do Zé Pereira e o site da Zé Pereira agora estão no mesmo endereço: www.revistazepereira.com.br.
Acompanhe lá nossa cobertura do Festival do Rio 2008.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A Zé Pereira no Festival do Rio 2008


Como diria o jornalista da anedota, quando menos se espera chega o Festival do Rio 2008. Este ano ele começa hoje, às 20:30h, com a exibição de "Última parada: 174", de Bruno Barreto, no Odeon, seguido de regabofe para convidados numa boate. A partir de amanhã a gente começa a publicar a nossa cobertura, que traz muitas novidades em relação à edição de 2007. Do ano passado, continuam com a gente Alexandre Sivolella Barreiro, Anna Azevedo, Arnaldo Branco, Eduardo Souza Lima, Flu e Gustavo Acioli - na verdade só o Estevão Garcia, que está estudando no México, ficou de fora. A eles se juntam o cartunista Allan Sieber, que vai fazer críticas em quadrinhos; o filósofo Antônio Rogério da Silva, na investigação do novo cinema japonês; o cineasta e jornalista Fernando Gerheim, sempre à procura de inovações de linguagem e tecnologia; o jornalista Luiz Bello, farejando o cinema político; e o jornalista, roteirista e dramaturgo Luiz Henriques, que vai cuidar dos filmes em competição da Première Brasil. Mas a gente vai publicar também artigos de convidados e textos de leitores - é só mandar para online@revistazepereira.com.br.
A foto aí de cima é de nossa reunião de pauta em nosso QG na Cinelândia; abaixo, a primeira crítica em quadrinhos do Allan, sobre "Rock'n'rolla", filme do maridão da Madonna tem suas primeiras sessões amanhã, às 14h e às 19h, no Leblon 1 - a programação completa do festival você encontra aqui.


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E.T. phone home

Por Toinho Castro

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De hoje a domingo nos cineclubes




Agenda lotada nos cineclubes cariocas. Hoje, às 15:30h, Cine Artes UERJ (Auditório do Ateliê de Artes, Prédio da COART, UERJ, Campus Maracanã) abre suas portas para a Mostra Audiovisual Visões Perfiféricas 2008, com a exibição dos curtas "788", de Fiell e Bruno Thomassin, "Foto em branco", de Bruno Bralfper e Caio Ferreira, "Polícia e ladrão", de Flávio Martins, "As incríveis histórias de Manoel", de Luís Simão e Incrível Manuel, "Maria Capacete", de Eduardo Bezerra e Victor Luis, "Em busca do gozo perdido", de Alex Mountfort e Fernando Frics, e "No vão das coisas", de Zé. O festival também está em cartaz no Cineclube Plano Geral (SESC Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539), às 17h, com "788", "Polícia e ladrão", "As incríveis histórias de Manoel", "Agora só falta você", do Coletivo Cine Guandu, "Maria Capacete", "Qual o balanço que te balança?", do Canal Futura, e "Foto em branco".

Amanhã, às 12:30h, o Cineclube Ankito (CEFET Química de Nilópolis, Rua Lúcio Tavares, 1045, Centro) vai de Especial Claudio Assis, com "Baixio das Bestas" (foto acima); o Cineclube Nós na Fita (SESC Niterói, Rua Padre Anchieta, 56), de "Do luto à luta" (foto abaixo), de Evaldo Morcazel, às 14h; e o Cinema com Batuque (SESC São João de Meriti, Avenida Automóvel Clube, 66, Centro), de Visões Periféricas 2008, com "Café sem chantilly", de Manaíra Carneiro, "Xicão Xukuru", de Hamilton Costa Filho, "Maria Capacete", "Polícia e ladrão", "Agora só falta você" e "A sorte é cega", do Cecip, às 19h.

Sábado, às 16h, tem mais Visões Periféricas 2008 no Cineclube Subúrbio Em Transe (Casarti, Rua Ponta Porá, 15, Vista Alegre), com "788", "Cidade Cinza", da Associação Imagem Comunitária, "Foto em branco", "A beleza do meu lugar - João do Pife", de Ricardo Santana, "Polícia e ladrão", "A bola", de Emerson Muzeli, e "As aventuras de Agente 77 - Os cinco atos", de Cacau Amaral.

E no domingo, às 14h, passa "O caçador de pipas", de Marc Forster, no Cineclube Infantil (SESC Ramos, Rua Teixeira Franco, 38). Tudo com entrada franca.


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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Vem aí a nova Zé Pereira


Os amigos já devem ter notado que a Zé Pereira sumiu das bancas - o último número foi o 4; edições atrasadas pelo e-mail cartas@revistazepereira.com.br - e não há previsão para que volte tão cedo. Em compensação a gente resolveu dar um gás na sua versão online, que nesta sexta-feira estréia uma nova fase com mais espaço para reportagens, artigos, filmes, séries, contos e cultura carioca em geral. A partir deste dia, só vai valer o endereço www.revistazepereira.com.br - o http://blogdozepereira.blogspot.com será dasativado. Na sexta também, começaremos nossa cobertura do Festival do Rio. Amanhã a gente conta mais.

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Fotodiário celular HK XX


Por Henrique Koifman

A última semana do inverno foi justamente das mais invernais, que fazem com que cariocas saiam um pouco mais arrumados às ruas, embora muitas vezes perfumados por um renitente cheiro de guardado. Aquele que mora para sempre no bolso de um blazer de lã e na gola da capa de gabardine. Friozinho e chuva. E muita água nas calçadas, que se transformam em espelhos. Como na imagem que abre esta edição do Fotodiário (à esquerda), na verdade um quase-lago no maltratado Largo da Carioca. Na janela seguinte, no segundo andar do Paço Imperial, encontrei o perfil a fachada do Palácio Tiradentes, na mesma terça-feira. Horas antes, na Cinelândia, segui furtivo as três senhoras com guarda-chuvas, em busca de um ângulo melhor. Será que me notaram?

Ali perto, na Rio Branco, também debaixo de chuva, a imagem do candidato servia de abrigo para uma de suas cabos eleitorais. A outra moça, "duplamente" abaixo (na foto inferior e sob a mesma calçada, na estação do metrô da Cinelândia), virou silhueta do anúncio. Sombras e luzes foram também o motivo de registrar a imagem seguinte, caminhando pela Travessa Euricles de Matos, em Laranjeiras, no começo da noite de segunda, na volta para casa. Uns 200 metros antes, havia passado pela Praça José de Alencar, ilhota cercada de carros e, àquela altura do dia, de lâmpadas e faróis.

A mistura de luzes, reflexos e guarda-chuvas encontrei na entrada da galeria do cine São Luiz. Antes do filme, tomamos um café com leite na mesa ao lado dessa aí, que aparece na foto, numa varandinha que fica na esquina da Paissandu com Senador Vergueiro.

A escada rolante e a loja de molduras – com mais reflexos – são do Botafogo Praia Shopping (saudades da Sears); a escadinha curva com parede amarela é do edifício em que trabalho. As flores aqui e ali (fotografadas nas férias em Guapi) são para marcar a chegada da primavera.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dos Arquivos do Festival do Rio 2007




Esses dois vídeos acabaram ficando de fora da cobertura do ano passado. Acima, o diretor sueco Bille August, ganhador de duas Palmas de Ouro, apresenta o seu último filme, "Goodbye bafana" (2007), no Odeon. Abaixo, a musa Rita Cadillac delicia o público antes da exibição de "Rita Cadillac, a lady do povo", de Toni Venturi, no mesmo local.


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Hipocrisia de elite


"Tropa de elite" entrou em cartaz na sexta-feira em Nova York. A se julgar pelo trailer que já está circulando no YouTube, José Padilha quer vendê-lo para os gringos como fita de ação. O filme é dele, ele que faça o que bem entender. O problema é que em sua campanha promocional, ele chama o Rio de "a cidade mais perigosa do mundo". Vai dizer, é claro, que fez isso para chamar a atenção do mundo para a nossa desgraça e para conscientizar o cidadão. Só trouxa acredita nesse papo. O cara está usando isso como marketing e isso é indecente. É faturar com a violência - como fazem maus policias e traficantes.

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Má fé e falsidade ideológica


O Átila Nunes candidato não é o bigodudo da direita, velho conhecido do carioca, mas o eleitor não é informado disso. O garotão à esquerda sequer abre a boca - na verdade aparece apenas essa foto aí no horário eleitoral gratuito -, mas quem está concorrendo é ele. O malandrão quer levar o eleitor no bico e ainda tem como bandeira a defesa do consumidor.

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domingo, 21 de setembro de 2008

Artista livre: Nazaré





Morador de Nova Iguaçu, 40 anos de carreira itinerante, pinta paisagens cariocas e "imaginadas": "Na alta temporada, eu costumo ficar na Pedra do Leme, mas rodo a cidade toda, Tijuca, Leblon, Paquetá. De vez em quando dou um pulinho em Volta Redonda e São Paulo também. Já quiseram botar meus quadros na internet e em galeria, mas essa é a minha vida". Neste dia, Nazaré estava na esquina da Rua do Catete com Corrêa Dutra.


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Troféu Cara-de-Pau do Horário Eleitoral Gratuito


Quem em sã consciência votaria em candidatos indicados por este criminoso confesso?

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Uma canção ao cair da tarde: "Rap da cerebruda", Edu Feijó




Essa acabou de sair do forno.

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Geléia sonora


Amanhã é dia de Geléia Moderna na Roquette Pinto FM (94,1 MHz). O programa comandado pelos DJs Brant e Jorge Lz, com o auxílio luxuoso da Srta. A - o mesmo trio do LapaLounge - vai ao ar a partir das 17h, tendo como convidados o ex-Barão Vermelho Dé Palmeira e Marcello Lacerda, do blog Monstro do Pântano. Nas picapes, Brian Wilson, Cold War Kids (foto), I'm From Barcelona etc. Você também pode ouvir o programa aqui.

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Nos cineclubes


Hoje, às 18:30h, o Cineclube Tela Brasilis (Cinemateca do MAM, Avenida Infante D. Henrique, 85, Parque do Flamengo) mergulha nas origens do novo cinema gaúcho com a exibição do longa-metragem "Deu pra ti, anos 70" (foto), de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti, e do curta "Temporal", de Jorge Furtado e José Pedro Goulart. Rodado em Super-8, o primeiro foi um fenômeno de bilheteria no Sul, enquanto o segundo já trazia algumas das características que marcariam a obra de Furtado.

Amanhã, às 16h, tem "Bubba Ho-Tep", de Don Coscarelli, no Cineclube Phobus (sala de vídeo do SESC Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539).

E no domingo, às 14h o Cineclube Infantil (SESC Ramos, Rua Teixeira Franco, 38) passa "O avião", de Cedric Kahn. Tudo com entrada franca.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sessão da Tarde: "Flying Padre"




O primeiro curta do grande Stanley Kubrick, de 1951, produzido pela RKO. Em inglês, sem legendas.

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Semana histórica


Não é todo dia que a gente vê três das quatro salas do São Luiz, o paraíso dos blockbusters americanos, ocupadas por filmes brasileiros. Como amanhã é sexta-feira, pode ser que hoje seja o último dia, mas não deixa de ser uma boa notícia num ano em que o cinema nacional enfrenta uma crise de público.

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terça-feira, 16 de setembro de 2008

"Alma suburbana" no CCBB


Daqui a pouco, às 18h, tem "Alma suburbana" no CCBB, dentro da programação do Cine Cufa 2008. O documentário de Hugo Labanca, Joana D'arc, Leonardo Oliveira e Luiz Cláudio Lima deve ser lançado em DVD em outubro.

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Saramago na rede


O escritor José Saramago, o único Nobel de nossa língua, lançou um blog na internet. N'O Caderno de Saramago, que está hospedado no site da Fundação Saramago, já dá pra ler um trecho de seu novo livro, "A viagem do elefante", e textos sobre Lisboa e sobre o pedido de desculpas da Igreja Anglicana a Charles Darwin.

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Fotodiário celular HK XIX

Por Henrique Koifman


Sábado da semana passada, de manhã cedo, passando pela Lagoa, encontrei esses barcos arrumados "na estante" (à esquerda) em frente à sede náutica do Vasco – daí as cruzes de Malta nos cascos. No píer ao lado, fotografei também o namorado que fotografava a namorada. O São Jorge espetando o dragão está grafitado sob o viaduto da saída do Rebouças em direção a Ipanema, onde parei, pouco depois, em um sinal.

No mesmo dia, lá pelas 11:30h, saindo para a feira, achei essa folha de imbaúba encaixada pelo vento (o tempo estava virando) no portão do edifício. Parei no vendedor de especiarias – igual aos que povoam os mercados de rua há pelo menos uns quinhentos anos –, comprei pimenta dedo-de-moça e gergelim. Na extremidade oposta da feira, na barraca do Pedro, arrematei dos belos filés de atum. Esses ingredientes juntos com alguns outros, mais o talento da namorada e a companhia de um casal querido resultaram num almoço inesquecível.

Pouco a ver com a refeição que fiz na terça seguinte, num daqueles restaurantes franqueados bonitinhos (gostei da luz e das mesas redondas de madeira), mas quase sem personalidade – especialmente no paladar – de shoppings. A grade reluzente da foto abaixo é do MNBA e os edifícios no entardecer, um pouco acima, estão na Avenida Chile. Abaixo destes, mais um belo mural de rua, grafitado na Rua das Laranjeiras (próximo à Pinheiro Machado), que percorri a pé na volta para casa.

Foi também caminhando no fim da tarde, dias depois, que passei pelo Largo do Machado, onde acontecia uma apresentação de dança – cercada por uma grande roda-platéia. Na imagem de baixo, o interior do ônibus que se arrastava pelo engarrafamento de outro fim de tarde. Na próxima, mesmo com chuvisco (como o que caía naquele momento), vou a pé. Assim chego, se não mais rápido, menos aborrecido em casa – e, quem sabe, com fotos mais interessantes na memória do celular.

A imagem no cantinho inferior direito é da fachada ensolarada de um sobrado, revestida de azulejos portugueses e muito bem conservada, na Rua do Rosário.

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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Terrorismo é uma coisa que botaram na sua cabeça


Tinha tempo que eu queria falar sobre isso, mas o Laerte foi na mosca. A dica é d'O Escriba.

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A periferia na tela


O Cineclube Outros Tempos (Bar Convés, Rua Coronel Tamarindo, 137, Gragoatá, Niterói) entra hoje no circuito do festival Visões Periféricas 2008 com a exibição dos curtas "Kunhãrobá", de Augustino Xavier e Marcos Rocha, "As aventuras de agente 77 - Os cinco atos", de Cacau Amaral, "Uma ilha se olha", de Adriana Aparecida Neihues, "Foto em branco", de Bruno Bralfper e Caio Ferreira, "Depois das 10", de César Santos, "Polícia e ladrão", de Flávio Martins, "788", de Fiell e Bruno Thomassin, e "Bicicletas", do Coletivo Cine Guandu.
A sessão começa às 20h e o ingresso custa R$ 1,99.

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Está chegando a hora do Festival do Rio


Saiu a lista dos filmes do Festival do Rio 2008. Tem os inevitáveis Woody Allen e Irmãos Coen, mas tem muita coisa bacana também. Abaixo, algumas dicas:

"Victoire terminus", de Renaud Barret e Florent de la Tullaye, Menção Especial no HotDocs - Festival Internacional de Documentários do Canadá, documentário sobre mulheres pugilistas no Congo;
"Les amours d'Astrée et de Céladon", o novo Eric Rohmer;
"9to5 - Days in porno", documentário alemão dirigido por Jens Hoffmann e produzido pela brasileira Cleo Colomino sobre a indústria do filme pornô que causou espécie no HotDocs;
"Julia", de Erick Zonca, com Tilda Swinton, que competiu no Festival de Berlim;
"Four nights with Anna", filme que marca a volta do polonês Jerzy Skolimowski à direção;
"Birdwatchers", filme do italiano Marco Bechis rodado no Brasil e produzido pelos irmãos Gullane, bem recebido o Festival de Veneza;
"Katyn", novo filme de Andrzej Wajda;
"Wu yong" ("Useless", foto), de Jia Zhang-Ke;
"Esse homem vai morrer - Um faroeste caboclo", de Emilio Gallo, sobre a violência no sul do Pará;
"Patti Smith: Dream of life", de Steven Sebring, e "Joe Strummer: The future is unwritten", de Julien Temple, sobre os ícones do rock;
e os argentinos "La rabia", de Albertina Carri, "La mujer sin cabeza", de Lucrecia Martel, "La leonera", de Pablo Trapero, e "El nido vacio", de Daniel Burman.

Em breve a programação completa vai estar no site do evento.
A Zé Pereira vai cobrir novamente o Festival do Rio. Novidades em breve. Leia aqui a cobertura do ano passado.

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sábado, 13 de setembro de 2008

Arte em vídeo




Laura Erber está participando do 1° Festival de Videoarte no YouTube com "Isso nos acontece às vezes". O voto é popular; caso tenha gostado, dê suas estrelinhas para ela aqui.

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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Do Além


José Wilker vai fazer papel de fantasma na nova novela da Globo. Seria uma referência ao seu trabalho na presidência da Riofilme?

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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Uma canção ao cair da tarde: "Porcupine", Echo & The Bunnymen




"Ocean rain" leva a fama, mas o melhor disco do Echo é "Porcupine".

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Cineclubes por aí


Programação de primeira nos cineclubes cariocas de hoje a domingo. Hoje, às 20h, o Cineclube Beco do Rato (esquina das ruas Morais e Vale e Augusto Severo, Lapa) exibe os curtas "Depois das 10", de César Santos, "Em busca do gozo perdido", de Alex Mountfort e Fernando Frics, "As aventuras de agente 77 - Os cinco atos", de Cacau Amaral, "Maria Capacete", de Eduardo Bezerra e Victor Luis, "Foto em branco", de Bruno Bralfper e Caio Ferreira, e "A flor e o silêncio”, de Luma Reis.

Amanhã, às 12:30h, tem "Amarelo manga", de Cláudio Assis, no Cineclube Ankito (CEFET Química de Nilópolis, Rua Lúcio Tavares, 1045, Centro); e "Devoção" (foto), de Sergio Sanz, na sessão de estréia do Cineclube Atlântico Negro (Atlântica Educacional, Avenida Mem de Sá, 252, Centro), às 19h.

Sábado, às 19h, tem dois filmaços no Cine Goteira (Auditório da Prefeitura de Mesquita, Avenida União, s/n°, Centro): "7 minutos", de Cavi Borges e Júlio Pecly, e "Proibido proibir", de Jorge Durán.

E no domingo, às 14h, tem "O Garoto Cósmico", de Alê Abreu, no Cineclube Infantil (SESC Ramos, Rua Teixeira Franco, 38). Tudo com entrada franca.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

PhD em Cinema Brasileiro: "Os Desafinados", o cinema-delírio de Walter Lima Jr.

Por Paulo Henrique Souto


"Os Desafinados", de Walter Lima Jr., eu vi em cinema de shopping, casa lotada e aplausos no final. Lirismo puro jorra da tela, como toda a obra desse mestre "Menino de engenho", "Ele, o Boto", "A Ostra e o Vento"). A experiência de um cineasta - alter ego do diretor - e de amigos músicos que vão tentar a sorte na América nos anos 60 e o reencontro anos depois, numa bem arquitetada rede de emoções, este é o filme. Primorosa produção de Flavio Tambellini, direção de arte do Clovis Bueno, numa história de esperança, nada, graças a Deus, que nos lembre os filmes atuais. Walter Lima Jr. (personagem de Selton Mello) mostra seu amor ao cinema, expõe o contraplano de sua própria vida, uma mãe doente, presa na cama, que com movimentos do tórax o apóia, dá alento para o filho seguir atrás do sonho. Genial sacada do Waltinho, as famílias preferiam ver os filhos médicos ou funcionários do Banco do Brasil; cineasta, artista, jamais. A figura da mãe é de deixar psicanalista no chinelo. É só parte do que rola na tela, está lá o poderio americano se apropriando da música dos jovens ingênuos, um cineasta que acha a América fria, lugar onde não se olha nos olhos, e reporta à Antonioni. O machismo brasileiro - escondem que têm outra mulher, mas, apaixonados, vacilam e se entregam nas letras das belas músicas.

"Os Desafinados" ratifica a sensibilidade dos verdadeiros artistas, que comem o pão que o Diabo amassou e sobrevivem para contar a história. O golpe de 64 está lá; o primeiro filme, que vai para Moscou nos tempos de censura e repressão, também está. O mercado dominado pelos americanos - não olham nos olhos, mas tapam os nossos olhos, nos roubando o espaço nas salas de nossos cinemas, tudo isto está lá, na janela mágica do cinema-delírio de Walter Lima Jr. O cineasta e os amigos músicos vão e voltam no tempo, a mescla de memória recolhidas na fonte do cineasta que tudo registrou, com os depoimentos dos jovens anos depois, é pura emoção. Filme rico de informações nas entrelinhas, como a cena do pedido de assinatura para uso das imagens pelas TVs, as que não exibem, mas exploram o cinema brasileiro, é boa demais. Desfecho alto-astral, com o retorno mágico do Rodrigo Santoro. A câmera do parceiro Pedro Farkas; o elenco que dá um show, a sensual nudez despojada de Claudia Abreu, a beleza e o amor dedicado de Alessandra Negrini. Os músicos não são identificados, cada espectador ver quem quer. Pode ser o Tom Jobim, Vinicius, Cartola, Pixinguinha, Nara Leão, Caymmi, todos esses e outros mais, que, eu afirmo, lá do alto aplaudem, de pé, este belo filme. Magistral. Vá e confira, não duvide você que me lê: "O cinema brasileiro diz mais ao brasileiro que qualquer filme estrangeiro", bem dizia Paulo Emilio Salles Gomes. Aguardem o próximo episódio.

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Adeus, Polanah


Os amigos do ator Ruy Polanah convidam para a sua Missa de Sétimo Dia, que será celebrada hoje, às 19h, na Igreja Nossa Senhora da Boa Esperança (Rua Conde de Irajá, 465, Botafogo).

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Sessão da Tarde: "Beyond Citzen Kane"




Este documentário da BBC de 1993 foi proscrito no Brasil, mas eu nunca ouvi o Jabor ou nenhum desses defensores da liberdade de expressão de ocasião reclamarem. O filme fala da criação do Império Globo e de suas ligações com a ditadura militar. Assistam também às partes 2, 3 e 4.

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O que é isso, Gabeira?


Fui eleitor de primeira hora de Fernando Gabeira. Achei que finalmente tinha aparecido algo de novo na política brasileira, alguém disposto a defender bandeiras nas quais acreditava, a enfrentar os tabus de uma sociedade tão hipócrita. Quando, em seu primeiro mandato, ele tratou Antonio Carlos Magalhães como alguém digno de respeito fiquei bastante decepcionado, mas relevei - entendi que o recém-eleito deputado estava um tanto deslumbrado, isso é feio, mas não chega a ser um pecado mortal. Achei bonito ele romper com o PT daquela forma, embora tenha voltado para o PV, partido de aluguel que chegou a ser presidido pelo Sarneyzinho e que lançou picaretas como a Leila do Flamengo. E apesar que ter se aliado à turma do Marcelo Alencar para concorrer à Prefeitura - é lamentável, mas fazer política ainda é fazer alianças, ainda que espúrias, não é? - ainda considerei mais uma vez votar nele.
Aí veio o programa eleitoral... Sinceramente, achei o fim da picada um cara que posou de sunguinha de crochê e que defende a união entre homossexuais agir igual a todos os outros, mostrar que tem família como se isso fosse atestado de caráter. É patético usar na campanha o esporro que deu no zero à esquerda do Severino - bater na arraia-miúda é mole, queria ver ele fazer isso com o ACM. Também sinto falta de uma maior atenção para as zonas Norte e Oeste em sua campanha - elas também fazem parte da cidade, excelência. Mas o pior foi ver o Nelson Motta e o Daniel Filho em seu programa. Esses caras votam nele? Então, a partir da agora, faço campanha contra.

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Fotodiário celular HK XVIII

Por Henrique Koifman


Domingo da semana passada, fui a Petrópolis para o aniversário do filho de dois queridos amigos, que trocaram o litoral pela serra em busca de mais qualidade de vida. Pela alegria deles e das crianças, percebe-se que encontraram. As duas primeiras fotos, à esquerda, foram feitas na casa deles.

Na imagem seguinte, já de volta ao trabalho, registrei uma pausa para o café (acompanhado aqui, segundo uma espirituosa amiga que viu a foto, da padaria), lá pelo meio da tarde de segunda-feira, pretexto para sair, ainda que brevemente, da frente do computador. Esse, aliás, é um agradável "efeito colateral" das reuniões externas: tirar a gente um pouco do escritório. Foi no caminho de uma delas, andando pela rua Campos Sales, na Tijuca, que encontrei o simpático prediozinho da terceira foto.

Já na hora do almoço de quinta, dei uma fugidinha até o CCBB (taí a sua clarabóia-símbolo) para conferir a exposição sobre Clarisse Lispector. Quando for até lá, separe pelo menos uma meia hora para bisbilhotar as dezenas de gavetas com documentos e fotos dela na sala que aparece na foto de baixo. Eu, infelizmente, não tinha esse tempo disponível (mas voltarei lá). No caminho de volta, na Travessa do Comércio, passei pela Laranjada Americana e resolvi minha sede. Tradicional, o copinho "cone" de papel até apareceu no Globo no dia seguinte em um simpático roteiro de clássicos da gastronomia carioca. Clássico da cidade (embora de estilo moderno) também é o recentemente recuperado prédio da Esso, hoje ocupado por uma universidade, entre Beira Mar e Presidente Wilson, que fotografei na mesma noite.

É desse Rio de outros tempos a moda de se usar chapéus tipo Panamá (de que gosto muito) e que, discretamente, está voltando – pelo menos em ambientes menos formais. Sintonizada com as tendências, a camelô da Senador Dantas oferece alguns modelos a preços módicos. Em outra butique a céu aberto – esta no Catete –, encontrei a vitrine na foto logo abaixo. Nada clássico ou charmoso, o edifício da Caixa, teve suas linhas duras ressaltadas pelo sol da tarde de sexta-feira (e o topo do poste, no cantinho esquerdo da foto, ficou parecendo uma flor, não acha?). Fechando esta edição do Fotodiário, a algo improvável vendedora de feijão de corda por quem passei na Sete de Setembro (que, enquanto escrevo, é hoje), também na sexta.

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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Niterói é logo ali


Segundo as últimas pesquisas, o Rio se encaminha para mais um vergonhoso segundo turno, desta vez entre um filhote do Cesar Maia e o filhote de cruz-credo. Tudo indica que vai dar o primeiro, que mesmo tendo mudado de partido ainda guarda os trejeitos e o mesmo modo de falar, pensar e agir do mentor. A galera da Zona Sul pode estar surpresa, mas quem conhece um pouquinho a cidade sabe que isso era mais do que previsível. Basta uma viagem pela Avenida Brasil para conferir: só dá propaganda dos dois no subúrbio. Os demais candidatos podem alegar que há abuso de poder econômico nessa história, mas não vão poder negar que lhes faltou empenho na campanha, bater perna de verdade pelos recantos menos privilegiados do Rio. A única esperança é que eles renunciem às suas candidaturas em favor da de Jandira, que parece ser a única que tem condições de bater essa dupla dos infernos. Mas como a chance de isso acontecer é praticamente nula, o jeito é começar a procurar um refúgio em Niterói.

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O fim de semana nos cineclubes


Hoje, às 14h, no Sua Escola no Cineclube (SESC Ramos, Rua Teixeira Franco, 38) tem homenagem ao centenário de nascimento de Josué de Castro com a exibição do documentário "Josué de Castro - Cidadão do mundo" (foto), de Sílvio Tendler.


Amanhã, às 16h, passa "Canibais", de Michael Spierig e Peter Spierigo Cineclube Phobus (SESC Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539). Às 19h, o Cineclube Buraco do Getúlio (Espaço Cultural Sylvio Monteiro, Rua Getúlio Vargas, 51, Centro, Nova Iguaçu) dá início ao festival Visões Periféricas 2008, com a exibição dos curtas "Foto em branco", de Bruno Bralfper e Caio Ferreira, "A cidade de plástico", de Liliane Sena, "Maria Capacete", de Eduardo Bezerra e Victor Luis, "No vão das coisas", de Zé, e "Café sem chantilly", de Manaíra Carneiro.

E no domingo, às 14h, tem "Xuxa em Sonho de Menina", de Rudi Lagemann, no Cineclube Infantil (SESC Ramos, Rua Teixeira Franco, 38). Tudo com entrada franca.

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Os curtas da Première Brasil


A surpresa da lista não é quem entrou, mas quem ficou de fora, filmes que foram premiados ou participaram de importantes festivais no exterior. Mas vá lá: "Areia", de Caetano Gotardo, "Blackout", de Daniel Rezende, "Café com leite" (foto), de Daniel Ribeiro, "Cotidiano", de Joana Mariani, "Depois das nove", de Allan Ribeiro, "Domingo de Páscoa", de Pedro Amorim, "La dolorosa", de Odilon Rocha, "O que há de ficar", de Felipe Continentino, "Um", de Ricardo Mehedff, "69 Praça da Luz", de Carolina Markowicz e Joana Galvão, "Dossiê Rê Bordosa" (é o terceiro festival do curta no Rio), de Cesar Cabral, "Dreznica", de Anna Azevedo, "Phiro", de Gregório Graziosi, "Urubus têm asas", de André Rangel e Marcos Negrão e "Se não fosse o Onofre", de Erika Mader, sobrinha de Malu Mader, que também está no festival como co-diretora do documentário "Contratempo", ao lado de Mini Kerti. Malu, por sinal, estava na fila do edital de curtas da Riofilme. Será que depois dos Barreto vêm aí os Mader?

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Cabra inventor


Pernambucano é cabra inventor da moléstia e o coco quadrado é uma das suas: mais fácil de guardar, transportar e botar na mesa.

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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ê-ô, ê-ô, o Mojica é o terror!


Ainda dá tempo de assistir ao melhor filme brasileiro dos últimos anos - e até agora o melhor a entrar no circuito em 2008 -, "Encarnação do demônio", do mestre José Mojica Marins. O Luiz Henriques, que vai participar da nossa cobertura do Festival do Rio este ano, escreveu uma ótima crítica do filme no seu Urublog. Leia aqui.

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Bola na rede


Chegou ao YouTube o trailer de "Linha de passe", novo filme da dupla Walter Salles e Daniela Thomas, que deu o prêmio de melhor atriz para no último Festival de Cannes e estréia nesta sexta-feira. Veja abaixo.


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Fotodiário celular HK XVII

Por Henrique Koifman


Na segunda passada, embarquei a trabalho para o Centro-Oeste. Uma maratona longa em distância, mas curta em duração – já na terça à noite estava de volta ao Rio. As imagens iniciais (à esquerda) desta edição do Fotodiário são dessa viagem. Quando viu a primeira delas, feita ainda na sala de embarque do Tom Jobim (com todo respeito ao Maestro, por favor), meu filho mais velho comentou que os dois sujeitos sentados à minha frente (a perna, é claro, é minha) pareciam estar "de mal" um com o outro. Acredito que fosse apenas o tédio da espera – e olhe que a partida de nosso vôo nem atrasou. Ao lado, a única imagem que consegui fazer embarcado avião antes do "desliguem seus celulares". Abaixo desta, está o longo corredor do Hotel, já em Brasília, cuja iluminação me lembrou – vá entender... – o túnel do tempo daquele antigo seriado da TV.

Na coluna vertical a seguir, a imagem de cima é da famosa antena de TV da capital, vista do quarto, no 11º andar. Logo abaixo, da janela de um carro que cortava, a 100 por hora, Goiás a caminho de Minas, um dos milhares de ipês amarelos floridos que colorem o cerrado por esses dias, emoldurado pelo céu azul e algumas nuvens secas, largadas ali só para embelezar a paisagem – pelo que me disseram, não chove ali há mais de 120 dias. Mas abaixo, a terra arada para o plantio da próxima safra.

De volta ao Rio e ao Centro, na quarta fui almoçar no Rio Jordão, restaurante clássico na Rua das Marrecas onde o frango à moda árabe é fantástico – e acabei fazendo esta "metafotografia" da moça fotografando suas amigas. No mesmo dia, voltando a pé para casa, encontrei uma exposição de pinturas com frutas super coloridas na Praça Ben-Gurion. Desde pequeno, sempre achei que aquele chafariz se parecia com uma grande fruteira. Já as frutas (de molho na água com cloro) seguintes estavam na mesa da cozinha de casa.

A loja de discos da última foto funciona, quase que diariamente ao ar livre, na Rua das Laranjeiras, esquina com General Glicério. As flores, no cantinho inferior esquerdo, enfeitavam a mesa de minha igualmente delicada colega de trabalho. O pingüim é o leão-de-chácara do frigobar, no mesmo endereço.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A safra 2008 do cinema nacional


Essa é fresquinha: saiu a lista dos filmes da Première Brasil do Festival do Rio 2008. Tem ator estreando na direção, uma nova mostra, Cenas do Rio, que exibe, entre outros, "Praça Saens Peña" (foto), de Vinicius Reis, e dois filmes de Domingos Oliveira, "Juventude", na competição, e "Todo mundo tem problemas sexuais", hours concours. Completam a mostra competitiva de longas de ficção "A festa da menina morta", de Matheus Nachtergaele, "Apenas o fim", de Matheus Souza, "Feliz Natal", de Selton Mello, "Juventude", de Domingos Oliveira, "Rinha", de Marcelo Galvão, "Se nada mais der certo", de José Eduardo Belmonte, "Verônica", de Maurício Farias, e "Vingança", de Paulo Pons. A lista completa está no site do festival.

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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Uma canção ao cair da tarde: "Immigrant song", Dread Zeppelin




Pode ser que do mesmo tamanho tenha; mas certamente não existem figuraças maiores do que esses caras. Alguns sortudos viram o inacreditável show deles no finado Imperator.

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Crianças de todo o mundo


Quem tem seus 40, 50 anos, certamente leu as aventuras de Píppi Meialonga nos livros da sueca Astrid Lindgren publicados aqui pela Tecnoprint - hoje Ediouro. Uma boa chance de matar as saudades da Mônica nórdica é levar a molecada para ver "Píppi Meialonga nos Mares do Sul" (foto), de Olle Hellbom, filme de 1970. O grande barato do Festival Internacional de Cinema Infantil, que começou hoje no Rio e em Niterói, é justamente também apresentar ao público produções que fogem do lugar-comum - leia-se o cinema norte-americano. O evento, dirigido pelas Carlas Camurati e Esmeralda, também tem filme holandês, alemão, japonês, dinamarquês etc., além dos inevitáveis Disney/Pixar. A dramaturga Maria Clara Machado será homenageada nesta edição, com a exibição da adaptação cinematográfica de uma de suas obras mais conhecidas, "Pluft, o fantasminha" (de Romain Lesage, 1962), que foi incluída na sessão Clássico Brasil, que exibirá também o filme "Roberto Carlos em ritmo de aventura", de Roberto Farias. Mais informações sobre o festival e a programação completa você encontra aqui e aqui.

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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O fim do mês no cineclubes


Hoje tem sessão especial dos cinco anos do Cineclube Tela Brasilis. Serão exibidos "Sinfonia amazônica" (foto), de Anélio Latini Filho, e "Os Azares de Lulu", de Mário Latini, pioneiros da animação brasileira, na Cinemateca do MAM (Avenida Infante D. Henrique, 85, Parque do Flamengo).
Amanhã, às 14h, tem "Sob a luz da fama", de Nicholas Hytner, no Cinedebate (SESC Ramos, Rua Teixeira Franco, 38)
E no sábado, às 15, o Cineclube ABDeC-RJ (Casa de Rui Barbosa, Rua São Clemente, 134, Botafogo passa "Olhar Estrangeiro", de Lúcia Murat; e o Cineclube Subúrbio Em Transe (Casarti, Rua Ponta Porã, 15, sobrado, Vista Alegre) exibe os premiados do Festival Ratoeira. Tudo com entrada franca.

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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

BNH


A rapaziada nem foi eleita ainda, mas já começa a resolver o problema de moradia do povão.

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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sessão da Tarde: "Selvas internas"




Animação experimental de Juliana Buli exibida no último Anima Mundi. A própria artista fala sobre o filme aqui.

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Fotodiário celular HK XVI

Por Henrique Koifman


Tive a sorte de passar o penúltimo final de semana no sítio de um querido casal de amigos, em Macaé de Cima, pedacinho do paraíso que é guardado perto de Muri. São de lá as três primeiras imagens (à esquerda) que abrem esta edição do Fotodiário. Em seguida a essas, está o edifício da esquina da Presidente Wilson com a Rio Branco, no Centro, visto através da copa da amendoeira da praça em frente e emoldurado por um céu de brigadeiro. Brigadeiro ou, quem sabe, papagaio – como os coloridos, logo abaixo, que estavam à venda na rua São José.

A janela colonial na imagem seguinte é do Paço Imperial. Com a baixa resolução destas fotos telefônicas, você talvez não possa enxergá-los, mas havia um pombo e um bem-te-vi pousados na grade da sacada, conferindo, quem sabe, uma vista parecida com a que D. João VI encontrou por lá, 200 anos atrás. Abaixo da janela, dois entregadores de chope demonstram um pouco da habilidade que os brasileiros costumam ter com os pés – notem que eles NÃO estão vestidos de amarelo, o que explica muita coisa.

Seguindo a tirinha, na linha de cima, à direita, está a vitrine do quiosque que fica na entrada da estação do metrô da Carioca e, mais apropriada para menores, abaixo desta, outra vitrine, de uma loja "tem tudo", na Rua do Ouvidor. Adiante, o entardecer na Rua das Laranjeiras. Nesta época, o sol se põe quase atrás do Corcovado e deixa a paisagem ali avermelhada e interessante. Foi também a luz, só que elétrica, dos edifícios da Carioca à noite, que me fez registrar a imagem seguinte.

Fechando este Fotodiário, os metais de sopro amarrados de uma interessante exposição em cartaz na nova galeria da Travessa do Comércio e, abaixo desses, o cafezinho da padaria da Rua Alcindo Guanabara. Recomendo ambos.

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domingo, 24 de agosto de 2008

Glauber sai do transe na TV


A TV Brasil apresenta, a partir de hoje, às 22:30h, o documentário "Depois do transe", de Paloma Rocha e Joel Pizzini. O filme será exibido em capítulos aos domingos, até o dia 21 de setembro.

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A lista do Recine


O Recine - Festival Internacional de Ci9nema de Arquivo divulgou a lista dos filmes que vão participar de sua mostra competitica este ano: "Memória para uso diário", de Beth Formaggini, "Kinetoscópio Mane Côco", de Firmino Holanda, "Idade do vento", de Nycolas Albuquerque, "Heroes, no hacen falta alas para volar", de Angel Loza, "Projeto 68", de Julia Mariano, "A passageira", de Rogério Nunes, "Gladys", de Marina Pessanha, "Beijo na Boca Maldita", de Yanko Del Pino, "Criador de imagens", de Diego Hoefel e Miguel Freire, "Oscar Niemeyer, a vida é um sopro", de Fabiano Maciel, "O guarani", de Cláudio Marques e Marília Hughes, o intrigante "Irmãos Collyer – Uma fábula do acúmulo" (foto), de Alfeu França, "Quilombo, do Campo Grande aos Martins", de Flavio Frederico, "Cinema interior", de Ney Costa Santos, "João", de André Iki Siqueira e Beto Macedo, "Suíte Bahia – Reencontro com Agnaldo Siri", de Roman Stulbach, "TV Geraes", direção coletiva, "Ao rio pela baía", de Eduardo Silva, "Rapsódia do absurdo", de Claudia Nunes, e "Passeio no parque", de Cristiane Lage.
Este ano, o festival, que vai acontecer de 8 a 12 de setembro, tem como tema Bola na Tela: Futebol - Magia e Paixão.

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Em pernambuquês


Programação de primeira hoje no Embaixada Pernambuco. A partir das 18h tem aula-espetáculo com o escritor Ariano Suassuna e shows com Academia da Berlinda, Siba e a Fuloresta (vídeo abaixo), 3 ETs Recorde e Coelho Sound System. A programação de filmes também está muito boa: vai rolar o já clássico "Amarelo manga", do Claudio Assis; o lisérgico documentário "A figueira do inferno", de Raoni Valle e Ernesto Teodósio, do Telephone Colorido; e o genial curta "O homem da mata", de Antonio Luiz Carrilho de Souza Leão. Não deixe de conhecer José Borba da Silva (foto), cantor, contador de causos, mestre de cavalo-marinho, pai de santo, justiceiro implacável de história em quadrinhos e mais umas coisas aí. E ainda tem uma impagável participação especial do grande Simião Martiniano.


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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Programa família


No horário político de ontem, praticamente todos os candidatos caíram na velha esparrela de apresentar suas famílias. Família o Médici também tinha, mas até o candidato prafentex Fernando Gabeira se disse um bom pai e botou a filha surfista pra falar de sua qualidades. Patético. Eu me senti um norte-americano em Dia de Ação de Graças.

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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sessão da Tarde: "Treiler"




Esta é em homenagem aos 30 anos - quem diria? - de bons serviços prestados da Otto Desenhos Animados à animação brasileira. A cópia não está lá essas coisas, mas é o que dá pra ver enquanto o grande Otto Guerra (de "Wood & Stock: Sexo, orégano e rock' n' roll") não lança um DVD com os seus curtas.

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Aniversário do Cachaça com imagens do povo


O Cachaça Cinema Clube completa hoje seis anos de atividade e comemora a data com uma programação especial, inspirada no livro "Cineastas e imagens do povo", de Jean-Claude Bernardet, hoje, às 21h, no Odeon. Serão exibidos quatro importantes custas, que refletem as condições sociopolíticas do Brsil dos anos 60 e 70: "Subterrâneos do futebol", de Maurice Capovilla, "Liberdade de Imprensa", de João Batista de Andrade, "Lavra-dor", de Paulo Rufino, e "A pedra da riqueza" (foto), de Vladimir Carvalho. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Depois da sessão, rola festa na Gafieira Elite (Rua Frei Caneca, 4, Centro) com a Banda Fanfarra Paradiso e o DJ H. Vai ter kombi saindo do Odeon para lá, a preços módicos, segundo a organização do evento. Ingressos a R$ 12 e R$ 6 reais (com entrada do cinema).

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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Lá de Penambuco


Todo mundo já deve estar sabendo que começa hoje o Embaixada Pernambuco, evento que rola até o dia 31 e que leva ao Solar de Santa (Rua Aprazível, 39, Santa Teresa), um pouco do que andam fazendo os amigos pernambucanos. Vai ter palestras, shows, mostra de cinema e aula-espetáculo de Ariano Suassuna. O cardápio fica por conta do Café do Alto - organização de Kiko (Francisco Dantas). Hoje, a partir das 18:30h, tem um papo com o grande Roger de Renor, shows de Lia de Itamaracá e Eddie e outras paradas aí. A programação completa do evento você pode conferir aqui - com um pouco de paciência, pois o site é confuso às pampas e demora a carregar.

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Fotodiário celular HK XV

Por Henrique Koifman


As amendoeiras, se não me engano, vieram da Índia – como, aliás, as mangueiras, jaqueiras e outras tantas árvores que temos na cidade. O espaço tem o nome da capital francesa e, mesmo engaiolado e meio largado (sinal de nossos tempos) é um belo cenário. Ingredientes estrangeiros para o “outono fora de hora” que, umas duas vezes por ano, enfeita a Praça Paris. A combinação de cores, espaço e texturas já é até um clichê carioca, mas, sempre bela, me fez descer do ônibus, caminhar (prazerosamente) por um mar de folhas secas e registrar as seis imagens (à esquerda) que abrem esta edição do Fotodiário.

Mais tarde, no Largo da Carioca, encontrei, senão os melhores, os mais sinceros cabos-eleitorais que encontrei no período pré-eleitoral até agora. As marionetes (abaixo), à venda na 7 de Setembro, bem poderiam ser merchandising de seus personagens. Já a Garça, com seus ares de aristocrata, estava se fartando de barrigudinhos (os peixes, é claro) no lago turvo com fundo de concreto que cerca as janelas da estação de metrô da Carioca.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

"Dez elefantes" incomodam muito mais em Locarno


"Dez elefantes", curta-metragem de Eva Randolph, ganhou o Leopardinho de Ouro, o primeiro prêmio na mostra de curtas-metragens Leopardos de Amanhã, do Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça. O filme, ainda inédito no Brasil, marca a estréia na direção de Eva, que é uma montadora de mão cheia.
"Dez elefantes" foi produzido graças ao edital de curtas-metragens da Riofilme - o mesmo que o Cesar Maia faz de tudo para acabar.

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"Temor de fiasco em Pequim"


O jornalismo esportivo brasileiro é maníaco-depressivo: ora chega às raias do ufanismo destemperado, ora baixa o complexo vira-lata. Já estão dizendo que o Brasil vai pagar o maior mico em Pequim, só que no mesmo período dos Jogos Olímpicos passados a gente só tinha ganhado duas medalhas de bronze, e no judô. Daiane dos Santos - o Diego Hypolito daquela vez - também fracassou, a verdade é que estamos no lucro. Ou os caras não estão fazendo o dever de casa - informar-se antes de escrever alguma coisa - ou estão apelando para o sensacionalismo barato mesmo.

Quanto às Olimpíadas em si, a China mostrou o preço que se paga para ser uma potência olímpica. Não, obrigado.

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Censura em Minas Gerais



O cara tá pintando como presidente, é bom abrir o olho. Assista ao vídeo acima e leia aqui o artigo de José de Souza Castro no Observatório da Imprensa.

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PhD em Cinema Brasileiro: Locações reais: prisões, favelas, igrejas e quetais

Por Paulo Henrique Souto


Houve um tempo em que os produtores usavam locações reais para os filmes, raras cenas em estúdios. Trampei em vários filmes rodados nos locais mais cabeludos. Filmava-se "in loco", foi assim em "O escolhido de Iemanjá" (1978), de Jorge Durán, vejam a sinopse: "Por causa das explosões provocadas por uma construtora, os moradores de uma favela no morro próximo dali ficam com medo de desabamentos. A comunidade procura um pai-de-santo para pedir ajuda e este diz que Iemanjá escolheu uma pessoa para resolver tudo: o pescador Nelson (Nuno Leal Maia). Só que a construtura também toma suas medidas: contrata o bandido Tucano (José Dumont) para eliminar o pescador". Elenco: Oswaldo Barreto, Henriqueta Brieba, Ivan de Almeida, José Dumont, Alvaro Freire, Nuno Leal Maia, Helber Rangel, Rui Resende, Maria Rosa, Anselmo Vasconcelos. A assistente do Durán era Mariza Leão, hoje competente produtora, amiga querida. Fui produtor de set, Jece Valadão era o patrão. Plano um: a favela (hoje chamada de comunidade) escolhida foi a de Santa Marta, ou Dona Marta, Botafogo, naquela época um terço do seu tamanho. As seqüências do pescador, personagem do simpático Nuno Leal Maia, filmamos atrás do Cemitério do Caju, numa comunidade de pescadores real. Fato curioso: eu, que jamais havia entrado em um barco, recém chegado de Minas, de repente me pego de contra-regra jogando flores da proa do barquinho. Éramos muito bem recebidos nas locações, os moradores colaboravam com prazer. Numa delegacia na Zona Norte, um preso na hora de rodar aprontava uma barulhada e o delegado gritava: "Cala a boca, assim que o pessoal sair você me paga". E num terreiro em Caxias, eu, como sempre, fazendo de tudo um pouco, estava subindo em cima da casa de Exu pra puxar luz do poste. Quase caí da escada, pois o pai de santo apavorado veio me alertar. Calmo, respondi, Exu vai entender, estou trabalhando.

Seqüência dois, desta vez como ator em "O rei do Rio" (1985, foto), de Dias Gomes, direção de Fábio Barreto, filmamos dentro da Frei Caneca, uma semana ou mais, os presos faziam figuração. Durante uma seqüência, um figurante negão me vendo naquela roupa de barriguinha de fora - figurino de Aniso Medeiros, um luxo -, fiz um prisioneiro bicha enxerida. O negão falou, com voz de trovão: "Vou te perguntar uma coisa, tu não me leva a mal: tu é assim lá fora?". Um outro figurante, sentado do nosso lado, indignado, respondeu por mim: "Qualé, tu não viu ele ontem, com três filhos na TV Globo, mermão?". No que o negão retrucou: "Peraí, não me confunda, tu não é assim lá fora, ontem foi um pai de família, não me leva a mal, mas tu é muito é cínico". Adorei, foi o melhor elogio de ator que recebi. Por causa deste personagem do "Rei do Rio" fiz "Running out of luck" (1986), direção de Julian Temple, mais um prisioneiro, desta feita ao lado de Mick Jagger. No dia do acerto do cachê, na produtora de Renato Aragão, no corredor comprido, dou de cara com o mito Mick Jagger, respirei fundo e falei no meu inglês norte mineiro: "I'm happy because make film with you". E ele, às gargalhadas respondeu: "Me too". E me mostrou a sua linguona. Desta feita filmamos na penitenciária de Niterói, um prédio colonial, lindo. Ensinei aos presos figurantes que podiam pedir autógrafo pro Mick Jagger, que foi instruído pra não negar nada ao pessoal do presídio. Orientei aos presos que vendessem as assinaturas depois. No dia seguinte, um prisioneiro me chamou no canto: "Peguei um autógrafo ontem, esta noite fiz mais uns trezentos, estou vendendo pra um fã clube em São Paulo, vou pagar advogado". O cara era estelionatário. No almoço, sentado na mesa do Mick Jagger (a convite do seu maquiador, e braço direiro, que foi com minha cara) contei pra todos. Mick Jagger, mais uma vez, caiu na gargalhada. Raras exceções, hoje os filmes são rodados em estúdio, sem a malícia das locações de um tempo de Brasil melhor. Um dia voltará. Oxalá. Para honrar a palavra kinema, do grego movimento: as pedras do cinema continuam rolando. Até o próximo episódio.

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

De hoje a sábado, nos cineclubes


Daqui a pouco, às 13h tem "Cavalhada de Pirinópolis", de Adolfo Lachtermacher, na Sua Escola no Cneclube, no SESC Ramos (Rua Teixeira Franco, 38), seguido de debate com Sonia Maciel. Também hoje, às 18h, rola "No meio da rua" (foto), de Antonio Carlos da Fontoura, no Cineclube Sem Tela, no Piscinão de Ramos. E no sábado, às 16h, passa "A bolha assassina", de Irvin Yeaworth, no Cineclube Phobus (Sala de Video do SESC Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539). Tudo com entrada franca.

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