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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Lulu de Barros no MAM e o fim de semana nos cineclubes


Daqui a pouco, às 18:30h, rola uma raridade na Cinemateca do MAM (Avenida Infante D. Henrique, 85, Parque do Flamengo), na programação do Cineclube Tela Brasilis: "Samba da vida", de Luiz de Barros, filme de 1937. O popular Lulu foi o diretor brasileiro mais produtivo da primeira metade do século passado e o seu "Minhas memórias de cineasta" é um livro fundamental para quem quiser saber como era feito o o cinema nacional da época.
Amanhã, também às 18:30h tem o bacanão "Bendito Fruto", de Sergio Goldenberg, no Cineclube Sem Tela (Quadra da Escola de Samba Gato de Bonsucesso, Rua Principal, s/nº, Nova Holanda, Maré); e o Cineclube Nós Na Fita (SESC Niterói, Rua Padre anchieta, 56) exibe o contundente documentário pernambucano "O rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas", (foto) de Paulo Caldas e Marcelo Luna, às 19h.
E sábado, às 16h, o Cineclube Phobus (Sesc Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539) passa "Godzilla vs. Megalon", de Jun Fukuda; o Cineclube ABDeC-RJ (Auditório da Fundação Casa de Rui Barbosa, Rua São Clemente, 134, Botafogo) mostra, às 15h oito curtas premiados da mostra Curta Criativo, realizado pela FIRJAN, com direito a debate; e no Subúrbio Em Transe (Casarti, Rua Ponta Porã, 15, Vista Alegre), tem "Nzinga", de Octávio Bezerra, às 16h. Tudo com entrada franca

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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Colchão voador


Saiu um ótimo artigo de Venício A. de Lima no Observatório da Imprensa sobre a barriga do acidente de avião que virou incêndio numa loja de colchões em São Paulo. A pressa em botar a culpa no Lula é a inimiga do bom jornalismo.

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Novas linguagens


Fernando Gerheim, colaborador da Zé Pereira e criador do espetacular Urubucamelô lança hoje o seu livro "Linguagens inventadas" (Jorge Zahar Editor, coleção arte+) no Salão Nobre do Parque Laje (Rua Jardim Botânico 414), a partir das 19h. O autor, que é cineasta, jornalista e professor de cinema, artes e literatura, também vai participar do debate "Entre narrativas e ficções" com Regina Melim, pesquisadora e professora do centro de artes da UDESC, que lança o seu livro "Performance nas artes visuais", e Guilherme Bueno, professor da EAV e crítico de arte, com mediação da crítica de arte e diretora da coleção arte+ Glória Ferreira. Antes, vai haver sessão com três vídeos de Gerheim, "Urubucamelô", "Filme de uma imagem só" e "Tomada do mundo", além de "The good home", de Laércio Redondo.

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Cineclube infantil


Hoje, às 14h, tem "O amigo invisível", de Maria Letícia, no Cineclube Sem Tela (Escola Hélio Smith, Rua Principal, s/nº, Nova Holanda, Maré), com entrada franca. è uma boa oportunidade para ver o filme, baseado no livro homônimo da diretora, que resistiu pouco tempo em cartaz no Rio.

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terça-feira, 27 de maio de 2008

Brasileiros no Anima Mundi


Saíram as listas das mostras competitivas do Anima Mundi 2008, que acontece no Rio de Janeiro de 11 a 20 julho e em seguida em São Paulo, de 23 a 27. Este ano haverá competição entre os longas-metragens, com um representante brasileiro: "Belowars", de Paulo Munhoz (de "BRichos"). Os demais são "Princess", de Anders Morgenthaler (Dinamarca), "Delgo", de Marc F. Adler e Jason Maurer (Estados Unidos) e "Idiots and angels", de Bill Plympton (Estados Unidos). A competição de curtas-metragens terá 128 filmes, dentre os quais, 16 brasileiros, "Animadores", de Allan Sieber, "Calango Lengo - Morte e vida sem ver água", de Fernando Miller, "Cânone para 3 mulheres", de Carlos Eduardo Nogueira, "Casa de máquinas", de Maria Leite e Daniel Herthel, "Coda", de Marcos Camargo, "Dossiê Rê Bordosa", de César Cabral, "Entrada para o sucesso", de Daniel Bydlowski e Marcos Casilli, "Maria Flor, de Camila Carrossine, "O despejo - Ou... memórias de Gabiru", de Sergio Glenes, "O jumento santo e a cidade que se acabou antes de começar" (foto), de William Paiva e Leo D., "O trambolho", de André Rodrigues, "Pajerama", de Leonardo Cadaval, "Passo", de Alê Abreu, "Sirigui", de Gabriel Alves de Almeida, "Voltage", de William Paiva e Filippe Lyra, e "Monkey Joy", de Amir Admoni, em co-produção com a Holanda. A lista completa está no site do festival.

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Da frigideira para o fogo

Por Eduardo Souza Lima


Fim de semana prolongado, segunda-feira, hora de botar o pé na estrada e voltar da serra. É um clichê, eu sei, mas o péssimo estado de conservação da RJ 122, a popular Rio-Friburgo, nos faz pensar para onde vai o dinheiro de nossos impostos - e o trecho do vídeo abaixo nem é dos piores. Entramos na BR 116, trecho administrado pela Nova Dutra, e por R$ 7,80 de pedágio temos asfalto bom e sensação de segurança. É quase inevitável dar razão àqueles que acreditam que o país estaria melhor nas mãos dos empresários do que na dos governantes e que o mercado resolve tudo. Chegamos à Avenida Brasil, o carro quebra e sobra a velha e triste constatação de que, no Brasil, tanto o poder público quanto a iniciativa privada não estão nem aí para cidadão.

Por volta das 16:30h solicitamos um reboque à Unibanco AIG Seguros. A atendente nos garantiu que seríamos atendidos em menos de meia hora. O reboque só chegou quase duas horas e meia e vários telefonemas depois - e, pela foto acima, os conhecedores hão de verificar que não estávamos num lugar dos mais seguros. O motorista nos diz que só fora acionado às 17:40h. A vontade é de dar um joelhaço nos bagos do dono da empresa, mas o que resta é xingar por telefone um infeliz que ganha uma merreca por mês e que tem o pior emprego do mundo. Ou levar à Justiça a seguradora, sabendo de antemão que vai ser um processo desgastante, pois ela certamente tem na sua folha de pagamento advogados ardilosos.

Dizem por aí que basta ao consumidor mudar de marca caso não esteja satisfeito com o produto - como dizem que o voto pode nos livrar dos maus governantes. Só que tanto os políticos quanto os empresários do país parecem ter firmado um acordo entre si: o negócio é todo mundo ser igualmente velhaco. A Unibanco AIG Seguros não respeita o seu cliente, o governador do estado não está nem aí para a população, mas os seus similares são idênticos a eles. É o cartel do conformismo.

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Fotodiário celular HK III

Por Henrique Koifman


Mais uma pequena seleção de imagens do outono carioca, registradas, como sempre, com as limitações (ou vantagens técnicas) do celular. Começam com um cartão postal em tarde chuvosa, tirado do terraço do antigo prédio da Sears - pros menos antigos, aquele em que hoje fica um shopping na Praia de Botafogo. Segue com uma loja portátil de óculos, naquele momento, aberta na rua Primeiro de Março e, depois, com um auto-retrato deste que aqui tecla no espelho do elevador. A seguinte foi tirada dentro de um 422, de manhã, em direção ao Centro. No mesmo bairro, em um centro cultural, flagrei o casal no sofá - ela, quem sabe, escolhendo um filme no jornal e ele cochilando (ou procurando estrelas no teto). As melancias (bem doces) são da feira da General Glicério, num sábado de sol. O mesmo sol que o gato evita na calçada da Evaristo da Veiga, na última foto da série.

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Espírito indômito


Não é de se estranhar que a maior retrospectiva da obra do cineasta norte-americano Robert Altman (1925-2006) venha a se realizar fora de seu país natal. Altman sempre se pautou pela independência, algo visto com maus olhos em Hollywood, e isso lhe custou o merecido reconhecimento por parte de seus conterrâneos. A consagração só chegou aos 45 anos, e fora do seu país, com a Palma de Ouro no Festival de Cannes por "M*A*S*H*", em 1970. Somente nos últimos anos de sua carreira Hollywood parece ter se reconciliado com o diretor, chegando a lhe conceder um Oscar especial no ano de sua morte.

Com curadoria de Angelo Defanti, "As muitas vidas de Robert Altman", que começa hoje no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66, Centro), exibe até o dia 15 de junho todos os 37 longas-metragens do diretor, que iniciou sua carreira em 1957 com "Os delinqüentes" ("The delinquents", que passa no dia 5 de junho, ao meio-dia). Hoje serão exibidos três de seus filmes mais significativos: "O exército inútil" ("Streamers", às 14h), de 1983, o melhor de sua fase considerada decadente, os anos 80; "Prèt-á-porter" ("Prêt-à-porter", às 16:30h), de 1994, da época de sua redescoberta pela crítica; e "Cerimônia de casamento" ("A wedding", às 19:30h), de 1978, que muitos consideram a obra-prima de sua fase áurea, os anos 70. Na foto acima, o diretor está no set de "Onde os homens são homens" ("McCabe & Mrs. Miller", 1971), que será exibido sexta-feira e domingo, às 19:30h, ao lado de Warren Beatty. A gente recomenda também os estranhíssimos e hoje raros "No assombroso mundo da Lua" ("Countdown", 1968), "Imagens" ("Images", 1972) e "Quinteto" ("Quintet", 1979), que já foram figurinhas fáceis na TV, acreditem; "O jogador" ("The player", 1992), com o seu espetacular plano-seqüência inicial, filme que é um acerto de contas com Hollywood, mas que acabou marcando o renascimento de sua carreira; e, é claro, os clássicos "Nashville" (1975) e "Voar é com os pássaros" ("Brewster McCloud", 1970). A programação completa está aqui.

A mostra também vai exibir alguns dos seus trabalhos na TV - para onde foi levado por Alfred Hitchcock - como a série "Tanner '88" (foto abaixo), da HBO, na sala de vídeo. Os ingressos custam Sala de R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia), na sala de cinema; e R$ 8 o videopasse válido por 30 dias para a de vídeo.

P.S.: o nome da mostra vem de uma declaração do diretor, que certa vez disse que "fazer cinema é como viver várias vidas".


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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Bolaoito news


A Toscographics acaba de renovar o seu contrato com o Canal Brasil para produzir mais uma temporada da série em animação "Negão Bolaoito Talkshow - Melhores momentos", que é exibido no "Retalhão". O programa, apresentado por Zéu Brito, vai ao ar aos domingos, às 20:30h, com reprises aos sábados, às 16h, e às quintas-feiras, às 14h. Falta muito pouco para o Allan Sieber dominar o mundo.

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Dias de Nzinga


Hoje tem "Nzinga", de Octávio Bezerra, no Cineclube Buraco do Getúlio (Rua Manoel da Silva Falcão, 739, Califórnia, Nova Iguaçu), às 19h, com entrada franca. O filme também passa no próximo sábado, dia 31, no Subúrbio Em Transe (Casarti, Rua Ponta Porã, 15, Vista Alegre), às 16h, também com entrada franca.

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terça-feira, 20 de maio de 2008

Extra! Extra!


A loja de colchões do post abaixo virou uma tapeçaria, informa agora o Globo Online. Uma hora eles acertam.

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Testando hipóteses



O Globo Online deu uma notícia dizendo que um avião teria caído num prédio em São Paulo. Pouco depois, o acidente virou um incêndio numa loja de colchões. Seja como for, a culpa é do Lula. É a Escola Ali Kamel de jornalismo.

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Fotodiário celular HK II

Por Henrique Koifman



Uma pequena coleção de imagens feitas em uma caminhada (para ir almoçar) no Centro, na sala de espera do dentista (abajur), no pátio do Ceat e (a do lustre com a TV) em casa. É. Fazer legendas é bem mais difícil do que fotografar com o celular.

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segunda-feira, 19 de maio de 2008

"Serras da desordem", agora só no papel


Amanhã, a partir das 19h, tem o lançamento de "Serras da desordem" (Editora Azougue), livro de ensaios críticos, organizado pelo camarada Daniel Caetano, sobre o longa-metragem homônimo de Andrea Tonacci, na Livraria Odeon (Praça Floriano, 7). Já o filme, lamentavelmente, já saiu de cartaz aqui no Rio.

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sábado, 17 de maio de 2008

Desafinados online


O filme "Os Desafinados", do grande Walter Lima Jr., está com site na internet. Lá dá pra ouvir duas canções da trilha, "Mente pra mim" e "Eu também tive um sonho", e ver a banda formada por Cláudia Abreu (voz), Rodrigo Santoro (piano), Angelo Paes Leme (saxofone), Jair Oliveira (baixo) e André Moares (bateria) em ação.

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Daniela Spielmann no Parque das Ruínas


Domingão é dia de Daniela Spielmann no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas. No roteiro do show da saxofonista, flautista e compositora, que começa às 18h, músicas do seu primeiro álbum solo, como "Frevo de fora" (parceria dela com o violonista Gabriel Improta), "Seu Silva" e "Raxin" – dedicadas, respectivamente, aos pais Raul e Regina Spielmann - e os clássicos "Tico-tico no fubá" (de Zequinha de Abreu), "Isto aqui o que é" (Ary Barroso) e "Cochichando" (Pixinguinha). A instrumentista será acompanhada por Bilinho Teixeira, no violão, Rodrigo Villa, no contrabaixo e Márcio Bahia, na bateria e percussão. O trombonista Zé da Velha e o trompetista Silvério Pontes fazem participações especiais. A entrada é franca.

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PhD em Cinema Brasileiro: Pedras rolando do cinema cachoeira de Humberto Mauro


Por Paulo Henrique Souto

Vi esta semana, como cinéfilo - não estou trabalhando para este filme- "5 frações de uma quase história", realização de um grupo de jovens mineiros/universais, um emaranhado de contos muito bem entrelaçados, de difícil montagem, com ótimo resultado, no meu modesto ponto de vista. Humberto Mauro, precursor do cinema brasileiro, rodou a maioria dos filmes no interior de Minas e certamente aprovaria estes novos realizadores mineiros: são as "pedras rolando" do seu cinema cachoeira. "Um fotógrafo obcecado por pés femininos; um homem que se projeta em situações vistas na TV; um apático funcionário público que recebe uma proposta de um juiz corrupto; um trabalhador de um matadouro com o casamento em crise; e uma secretária desiludida no amor que sonha em se casar. Estas cinco personagens terão suas vidas modificadas a partir de um quente final de semana". Este filme coletivo marca a estréia em longa-metragem de Cristiano Abud, Cris Azzi, Thales Bahia, Guilherme Fiúza, Lucas Gontijo e Armando Mendz, da nova geração de diretores mineiros que há mais de dez anos compartilha idéias e projetos na área audiovisual. A fotografia de Luiz Abramo e Juarez Pavelak presta uma homenagem a Vinicius de Morais, com inúmeras seqüências em preto-e-branco (para quem não sabe, Vinicius preferia filmes em p&B). No elenco, por ordem de entrada em cena Cláudio Jaborandi, Leonardo Medeiros, Cynthia Falabella, Jece Valadão, Gero Camilo, Luiz Artur, Nivaldo Pedrosa, Murilo Grossi. Por trás das câmeras, o competente produtor André Carreira conseguiu um belo resultado, com baixo orçamento - se fosse filme americano, seria "cinema independente", mas é cinema brasileiro, feito com amor e paixão, bem melhor, acredito. Você que me lê, corra pra ver "5 frações de uma quase história", já está nos cinemas, vá na primeira semana, pois se a bilheteria for ruim sai de cartaz ou em entra em horários picados, o que corta a carreira de qualquer filme. Leve os amigos, você sairá do cinema relembrando o que viu, o que deixou de ver, do humor ao drama, refletido no filme, um misto de Charles Bukowski com Nelson Rodrigues, mesclado com o pirotécnico Murilo Rubião. É um filme pop? O público jovem, espero que veja, é quem dirá. Rodado em Belo Horizonte e cercanias, com lindas paisagens das montanhas, que relembram o mestre Mauro. Mas BH é mero acaso, poderia ser qualquer cidade do planeta, com personagens traídos e traidores, como acontece em qualquer metrópole mundo afora. Destaque para o grande ator Jece Valadão, vivendo um juiz corrupto, amoral, certamente não foi fácil para ele aceitar, pois no final da vida Jece se transformou em carola evangélico. Soube que ele falou no set: "Não digo palavrão, porra eu falo", grande Jece, que Deus o tenha. E viva o cinema Brasileiro/Mineiro/Universal. Coincidência ou não, no mesmo dia que vi o filme, o queijo minas virou patrimônio nacional, o cinema feito em Minas também merece honrarias, veja este filme e confirme. Aguarde o próximo episódio.

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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Impressão de choro na Baden Powell


Formado por Mauricio Marques (violão requinto e violão 8 cordas), Carlos Chaves (violão de 7 cordas), Marcos Alves (violão de 6 cordas) e Paulo Aragão (violão 8 cordas), o quarteto Maogani lança hoje, a partir das 20:30h, na Sala Baden Powell (Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 360), seu quarto CD, "Impressão de choro". No repertório, Garoto, Villa-Lobos, Hermeto Pascoal, Mauricio Carrilho, Joaquim Callado, Radamés Gnattali, Leandro Braga - autor da faixa que dá nome ao álbum - e Sergio Assad, entre outros. Ingressos a R$ 10e R$ 5 (estudantes e maiores de 65 anos).

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O fim de semana nos cineclubes


Hoje, às 13h, tem "Dogville", de Lars von Trier, no Cineclube Ankito (CEFET Química de Nilópolis, Rua Lúcio Tavares, 1045, Centro), com entrada franca; "Nzinga" (foto), de Octávio Bezerra, no Cineclube Sobrado Cultural (Espaço Na Encolha, Rua Gonzaga Bastos, 312, Vila Isabel), às 19h, com entrada a R$ 2 ou um quilo de alimento não perecível; "Amazonas Amazonas", de Glauber Rocha, e "Brad - Uma noite mais nas barricadas", de Videohackers, no Espaço Utopya (Tempo Glauber, Rua Sorocaba 190, Botafogo), às 19:30h, com entrada franca.
Amanhã, às 16h, passa "Mortal Kombat 2 – A aniquilação", de John R. Leonetti, no Cineclube Phobus (Sesc Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539), com entrada franca.

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quinta-feira, 15 de maio de 2008

Espírito bandeirante


Quer dizer que maus militares usurpam o poder e o mantém ilegalmente por 21 anos, fazendo o que bem entendiam, em nome de uma tal segurança nacional, neguinho continua entrando no país como se aqui fosse a casa da mãe Joana e é uma reserva indígena no cu de Roraima que está ameaçando a nossa soberania?

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Galinha verde


O deputado federal Jair Bolsonaro desrespeitou ontem o ministro da Justiça, em reunião da comissão da Câmara sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, acusando-o de "amigo de terroristas". Tarso Genro rebateu o chamando de nazista e Bolsonaro deve ter rido por dentro. Porque Bolsonaro não é nazista. É apenas um espertalhão que vende uma visão deturpada de honestidade para cidadãos pouco esclarecidos. Para ele, o xingamento do ministro foi elogio. O seu eleitorado gosta.
Fosse honesto, Bolsonaro não se locupletaria às custas daquilo que diz desprezar, a democracia. Em vez de estar na Câmara, estaria de pijamas conspirando num clube militar. Mas, esperto que é, leva vida de marajá enganando militares ingênuos que acreditam que ele está na política para defender os direitos deles. E faz isso tão bem que levou a sua corriola a reboque - tem filho vereador, filho deputado estadual e chegou a eleger a mulher também.
Não há diferença entre Bolsonaro e Fernandinho Beira-Mar: ambos negociam o ilícito. Só que o esperto Bolsonaro se faz valer das vantagens do foro privilegiado. Sabe que pode falar e fazer o que bem entender que jamais vai ser preso. Finge combater a impunidade e a usa em proveito próprio. Diz que é a favor da tortura, da supressão dos direitos individuais e até da execução sumária. Durante a campanha do referendo das armas, chegou a dizer que atiraria numa criança que se aproximasse dele na rua - e aí, juiz Roberto Câmara Lacé Brandão, isso não é apologia ao crime não? E sabe que a sua maior bandeira, a pena de morte, é um tremendo engana-trouxa, pois não há a menor possibilidade de que ela venha a ser adotada legalmente no Brasil.
Porém, mais do que espertinho, Bolsonaro é um fanfarrão que acredita que só a força é argumento. E que foge da rinha na hora do pau - como fizeram os integralistas.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Uma canção ao cair da tarde: "Buena", Morphine




Mr. Sandman, bring me a dream.

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terça-feira, 13 de maio de 2008

Jabor e o cinema


Por Eduardo Souza Lima

Arnaldo Jabor foi ver "Homem de Ferro" e, como sempre, escreveu um monte de bobagens e obviedades sobre o filme em sua coluna. Outro dia, ele estava no programa do Jô Soares e os dois, que não resistem a um simples teste de conhecimentos gerais, começaram a falar de cinema. Hollywood era o porto seguro de ambos; saiu de lá, só conseguiram citar Bergman e Fellini e dizer que o cinema francês - "exceto Truffaut", é claro - era chato. Jabor jamais vai escrever sobre "Falsa loura". Porque ele só sabe discorrer sobre o óbvio e porque, como bom empregado, só escreve sobre filmes da Globo Filmes. Mas até aí tudo bem, paga o seu soldo quem acha que ele o merece - e o cara faz por onde, convenhamos - e lê sua coluna quem gosta ou é masoquista - o meu caso, tenho mais é que me lascar mesmo. O problema é que o sujeito vai fazer um filme. Produzido pela Globo Filmes. Com meu dinheiro. Se eu pudesse entraria na Justiça para impedi-lo.

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Fotodiário celular HK I

Por Henrique Koifman

Praça XV e arredores. Sábado, 10 de maio, começo da tarde


Comecei a a registrar essas imagens há pouco mais de dois meses, com a idéia de montar um foto-diário.
Todas as fotos são feitas com a câmera VGA do celular, dos mais simples (e baratos) disponíveis no mercado. Tão simples que, com resolução máxima - a que uso -, não rendem ampliações com mais de 10x7 cm de tamanho. Além disso, a memória do aparelho é bem pequena e só posso fazer umas cinco ou seis fotos por "saída". Depois, é preciso descarregá-las em um computador através de uma conexão USB. Ou seja, quase sempre, faço apenas uma foto de cada assunto.

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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Procurando tu


Estréia amanhã, às 21h, no Canal Brasil, "Procurando quem", programa criado pelo músico, escritor e cineasta Rodrigo Bittencourt, a partir do seu curta "Procurando Jorge Mautner" (2007). Misturando ficção e documentário, Rodrigo (foto acima, filmando o bonitão Ferreira Gullar) vai às ruas à procura de figuras como Marco Palito, José Dumont, Cacá Diegues e Clarah Averbuck. A primeira temporada vai ter 13 episódios e a produtora da série, Mariza Leão, interpreta a si mesma no programa. Assista ao trailer abaixo.


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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Chaplin e o diabo a quatro


Daqui a pouco, as 15h, passa "Em busca do ouro", de Charles Chaplin, no Cine Mofo (Espaço Cultural Sylvio Monteiro, Rua Getúlio Vargas, 51, Centro, Nova Iguaçu). A entrada é franca. Às 19:30h tem sessão dupla de cinema brasileiro com "Amores possíveis", de Sandra Werneck, e "O diabo a quatro" (foto), de Alice de Andrade no Cineclube Sobrado Cultural (Rua Gonzaga Bastos, 312, Vila Isabel). A entrada custa um quilo de alimento não perecível ou R$ 2.

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Crime hediondo


É o mínimo que se pode dizer da cobertura asquerosa e irresponsável de boa parte da imprensa do assassinato da menina Isabella Nardoni. Dá vergonha de ser jornalista.

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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ah, gripino...


Bateu uma nostalgia dos tempos que democracia era conversa pra boi dormir o sono eterno no favorito do Ricardo Noblat durante depoimento da ministra Dilma Rousseff à Comissão de Infra-Estrutura do Senado. É isso aí, uma vez Arena, sempre Arena. O pior é que não vai ser nenhuma surpresa se a manchete do "Globo" amanhã for "Dilma admite que mentiu".

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terça-feira, 6 de maio de 2008

Um minuto na Oficina do Artesão Mestre Quincas, Petrolina

Por Eduardo Souza Lima




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segunda-feira, 5 de maio de 2008

A 53 milhas a oeste de Vênus

Por Eduardo Souza Lima


Em Petrolina dá pra ir almoçar no espaço sideral.

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domingo, 4 de maio de 2008

Uma surpresa e o óbvio no Cine PE


Por Eduardo Souza Lima

RECIFE. O longa-metragem "Nossa vida não cabe num opala" (foto), de Reinaldo Pinheiro, o último a ser exibido na mostra competitiva, ganhou agora a pouco prêmio principal do Cine PE 2008. Foi barbada: houve um consenso geral no Recife de que a seleção de longas do festival este ano foi bem fraca. O veterano Rodofo Nanni (de "O saci") ganhou o prêmio de direção por "O retorno". Entre os curtas digitais, nenhuma surpresa também: deu "Amanda e Monick", do paraibano André da Costa Pinto, uma das produções mais comentadas do evento. Já entre os curtas em 35mm, a briga foi bonita. "Os filmes que não fiz", do mineiro Gilberto Scarpa, também exibido ontem, levou o prêmio principal. Já o do público na categoria foi surpreendentemente para o documentário experimental "Drežnica", de Anna Azevedo, que chegou a ser chamado de "hermético" por um jornalista local. O resultado completo está no site do Cine PE.

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sábado, 3 de maio de 2008

E o Sapo Cururu foi para...


Por Eduardo Souza Lima

RECIFE. O cantor e compositor Lula Queiroga ganhou ontem o prêmio do festival/festa off Cine PE pelo videoclipe aí embaixo - ainda bem que o meu sentido de aranha me alertou para não me deixar fotografar nos anos 80. Foi por aclamação. E olha que o cara competiu com o insuperável Grillo e com Lírio Ferreira. A festa, promovida pelo amigo Jura, do Telephone Colorido, aconteceu no Cine Olinda, que está sendo reformado e quiçá será reaberto. Para tanto, rolou também uma cerimônia para exumar a caveira de burro que estava enterrada no local. Esses pernambucanos são uns neuróticos.


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Phd em Cinema Brasileiro: Cinema cachoeira, festivais da vida


Por Paulo Henrique Souto
Foto: Ipojucan Ludwig

 
Freqüento festivais de cinema há muito tempo, por todo o país e mundão de meu Deus. No ano passado, ao lado de Carlos Alberto Prates e Alberto Graça, fui, com prazer, homenageado no Primeiro Festival de Cinema de Montes Claros, minha terra natal, onde exibi, 28 anos depois, "Aníbal um carroceiro e seus marujos" (foto). É meu único filme, um média-metragem com linda fotografia de José Tadeu Ribeiro, com os grupos folclóricos das festas de agosto: catopês, marujos e cabloquinhos que animam a cidade todos os anos. Enfim, estive em dezenas de festivais, mas esses dias vivi uma experiência gratificante: juntei-me à jovem equipe, como assessor de imprensa, do I Festival de Cinema de Nova Iguaçu, o Iguacine, que veio para ficar, com certeza. Cerca de 300 títulos inscritos, 50 curtas selecionados, gente de todo o país mostrando seus filmes para uma cidade que respira cinema. Há dois anos a cidade abriga a Escola Livre de Cinema, com cerca de 700 alunos, crianças, adolescentes e adultos, que criam e fazem filmes, incluindo desenhos animados de alta qualidade - alguns são vinhetas de TV de grife; outros, exibidos mundo afora. Estes 700 alunos mais os parentes e aderentes formaram o público interativo do Iguacine, milhares de moradores assistiram a filmes, de graça, alguns pela primeira vez, jamais tinham ido ao cinema, em projeções espalhadas por toda Nova Iguaçu. Com 30 anos servindo ao cinema brasileiro externo aqui o prazer de fazer parte deste time liderado por Marcus Vinicius Faustini, cineasta e diretor de teatro premiado, idealizador da Escola Livre de Cinema e hoje secretário de Cultura de Nova Iguaçu, um azougue, uma usina de idéias. Assim que fui sondado para trabalhar, fui lá conhecer a secretaria e a escola. Fiquei encantado. Na sede da Secretaria, Faustini derrubou paredes, colocou todos frente à frente, chamou os grafiteiros bons da área para decorar o ambiente, tirando aquele ranço comum às instalações que abrigam funcionários públicos, os barnabés, assim denominados por meu conterrâneo Cyro dos Anjos, imortal da ABL. Com se não bastasse, instalou computadores e abriu as portas aos jovens da cidade, que criam blogs, trocam idéias via mundo virtual. Assisti a curtas do Vidigal, da Maré e de toda a Baixada. Os diretores debateram com um público interessado, fiquei emocionado e feliz; são jovens que não se lamuriam, eles criam, mostram suas comunidades escancaradamente e com bom humor e abominam a idéia de exclusão. Fazem como podem, têm a exata noção do prazer que é fazer cinema, quer seja usando o celular ou alugando câmeras, curtem a oportunidade que o cinema proporciona de trocar idéias e integrar, têm consciência de que é uma arte de muitos. São persistentes. Indagados pela platéia se cinema tem futuro, se dá grana, respondem que acreditam no que fazem. Afinal, cinema é cachoeira, já dizia o velho Humberto Mauro, eles tocam o barco. Que maravilha gratificante a sensação de ver ratificada ali a força do cinema. Com certeza dali sairão bons cineastas, sem fronteiras, para a janela mágica do mundo. Oxalá. Aguardemos o Iguacine 2. E preparem-se para pegar a Via Light e ir conferir. Valerá a pena ver pra crer.

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