Revista Zé Pereira
Compre Aqui
Embarque
Marcha dos CineclubesO Caos Anda Sobre RodasHitler no LeblonO Caminho de Santa Teresa

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A hora e a vez dos cariocas


Por Estevão Garcia

Em toda edição, o Curta Cinema promove uma sessão especial intitulada Lançamentos Cariocas. É o momento de conferir a última fornada de curtas-metragens produzidos na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Geralmente a noite do Lançamentos Cariocas é disputadíssima, repleta de convidados estrangeiros e nacionais, de realizadores dos filmes lançados e de suas numerosas equipes técnicas. O Odeon quase sempre fica lotado e o Lançamentos Cariocas desse ano não podia ser diferente. A sessão de ontem estava cheia, mas tão cheia que teve quem especulou que o cinema estava mais abarrotado que a noite de abertura do Festival, ocorrida na quinta-feira passada. Sem chegar a contar o número de espectadores na sala para constatar de fato qual das duas sessões estava mais cheia, o meu parâmetro foi a revista Zé Pereira. Sim, a revista foi um excelente medidor. Assim que abriu as portas da sala, com 40 minutos de atraso, eu coloquei duas pilhas da Zé Pereira número 1 em cima do balcão e em poucos minutos não tinha mais nada. O público do Festival devorou as revistas de maneira ágil e precisa. Falando na revista, não custa mais uma vez reiterar, é hoje, dia 31/10/2007, a festa de lançamento do número 3 no Puebla Café, a partir das 20h.

Mas, voltando ao Curta Cinema e ao Lançamentos Cariocas, vamos aos filmes. Ontem foram exibidos: "Pretinho Babylom" (de Cavi Borges e Emilio Domingos, foto), "Profissão voyeur" (de Carlo Mossy), "Poema sujo" (de Nicolas Viggiani) e "Irmão Bom" (de Renato Martins e Joaquim Castro). O primeiro da noite, de Cavi e Emilio, é um interessante experimento aparentado a estética do videoclipe, mas sem cair nos maneirismos que essa aproximação muitas vezes resulta. Como os próprios realizadores afirmaram na apresentação, o projeto nasceu como um videoclip, mas acabou se transformando em um curta. E mais do que um audiovisual que mudou de formato ao longo do seu processo de gestação, "Pretinho Babylom" é um estudo de ritmo e variações sonoras em torno de seu protagonista. Não vemos aqui cortes bruscos, planos curtos em demasia ou descontinuidade espacial como na maioria dos clips e sim principalmente a música como condutor narrativo. As imagens acompanham a música e não ao contrário. Até aí nada de novo, muitos já fizeram isso com sucesso, mas o que faz de "Pretinho Babylom" um belo curta não é a originalidade da proposta e sim a sua condução através de um enfoque pessoal. As falas fora de sinc aqui não são percebidas como um defeito ou uma falha técnica e sim como figuras de estilo, totalmente coerentes ao todo do filme.

"Profissão voyer" marca a volta do diretor/ator/produtor Carlo Mossy ao cinema. Um dos principais produtores e diretores cariocas de Pornochanchada, com a dissolução do gênero no inicio dos anos 80, Mossy como muitos outros realizadores de comédias eróticas, migrou para o sexo explícito. Esquecido e relegado ao ostracismo durante anos, Mossy ressuscitou no começo dos anos 2000 graças a exibição de seus filmes pelo Canal Brasil. Tornado cult de uma hora pra outra, Mossy hoje usa ao seu favor a fama que adquiriu nos anos 70. Geralmente o que é desprezado pela crítica e pelos intelectuais há 30 anos atrás, é recuperado nos dias de hoje. Veja o exemplo da chanchada, tão espinafrada pelos círculos cultos nos anos 40/50 foi cultuada a partir dos anos 70/80. A comédia erótica brasileira setentista ainda não foi acolhida pela crítica especializada, pela academia e pela historiografia do cinema brasileiro como as nossas comédias musicais, mas ao menos ela já é objeto de adoração de alguns. "Profissão voyer" como afirmou o diretor no palco do Odeon, é uma espécie de piloto para uma série que será produzida para o Canal Brasil. O curta já carrega ares televisivos e gira em torno da fórmula clássica de comédia de erros + troca de casais. Não deixa de ser curioso ver o retorno de Carlo Mossy fazendo o que ele sempre gostou de filmar.

Os dois últimos filmes são duas "cinebiografias". "Poema sujo" conta a experiência do poeta Ferreira Gullar ao longo de seu exílio argentino, momento em que ele escreveu em 1975/76 o livro de mesmo nome. Narrado em off pelo próprio Ferreira Gullar, o curta procura realizar um mergulho no processo criativo do poeta. "Irmão bom" é uma homenagem ao cineasta recentemente falecido Sérgio Bernardes. Os dois curtas não desejam realizar um retrato de personagem padrão ou uma biografia no formato tradicional. O primeiro tenta sair dos moldes comuns tentando se focar em um recorte bem delimitado (a escrita do "Poema sujo") e o segundo montando um registro não linear e cronológico de Bernardes. Optou-se por não mostrar imagens de seus filmes e sim as palavras evocadas em seus depoimentos e o semblante de sua imagem.

Até o Lançamentos Cariocas do ano que vem.

Marcadores:

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Rogério Sganzerla, o livro


Por Estevão Garcia

Hoje, às 20h na Pizzaria Piola, que fica na Rua Paul Redfern 44, em Ipanema, acontecerá um evento imperdível: o lançamento do livro Rogério Sganzerla. Componente da série Encontros, realizada pela editora Azougue, o livro, organizado pela jornalista e roteirista Roberta Canuto reúne em 208 páginas algumas das mais importantes e históricas entrevistas que Rogério Sganzerla concedeu ao longo de sua trajetória. Optando seguir por uma ordem cronológica, Roberta inicia a coletânea com entrevistas realizadas em 1966 ("As promessas do tédio e da coragem", por Miram Alencar, e "Confissões de um cineasta zangado", por Orlando Fassoni) quando Rogério ainda trabalhava como crítico cinematográfico e tinha em seu currículo de diretor apenas o curta "Documentário". Segue a esse momento a repercussão ocasionada pela explosão da estréia de "O Bandido da Luz Vermelha", e é justamente aí onde encontramos alguns dos mais significativos achados do livro: as conversas entre Rogério e o crítico, cineasta e historiador Alex Viany. As três entrevistas realizadas por Alex Viany que podemos conferir no livro são "Sganzerla ataca de bandido", "Confissão e desafio de um bandido incômodo" e "O incômodo Sganzerla". Constatamos que nessas três matérias de Viany, o termo "bandido" e "incômodo" aparecem duas vezes e é exatamente desse modo como Saganzerla foi percebido pelos círculos do Cinema Novo na época do lançamento de seu primeiro longa. Viany, em seu papel de pesquisador do cinema brasileiro e historiador do movimento de renovação então em voga no país, coloca a equação Saganzerla/Cinema Novo como uma de suas principais preocupações. Viany pergunta a Rogério: "Como você se situa em relação ao movimento do Cinema Novo?".

A posição de cineasta isolado, boicotado e impedido de ter acesso aos meios de produção pelos burocratas do cinema brasileiro, que o próprio autor muitas vezes sublinhou e em certa medida propagou, é aqui rastreada a partir de sua possível origem. Ela pode ser entendida através de sua contundente crítica à fase do Cinema Novo em 68/ 69 que o fez declarar que "O dragão da maldade contra o santo guerreiro" era um "vexame" e que "Macunaíma" não passava de "um lixo". Essas declarações, entre outras fontes, aparecem na última entrevista de Viany que aparece no livro, publicada originalmente em "O Jornal", em 23/1/1970. Logo depois dessa, a compilação reproduz a famosa entrevista concedida por Rogério e Helena Ignez ao Pasquim e tornada pública em 5/2/1970. Na célebre e histórica "A mulher de todos e seu homem", Rogério dispara o tiro de misericórdia e desmancha qualquer resquício de gentileza com o Cinema Novo. O tom agressivo e incisivo de sua fala objetiva a total ruptura e o coloca como um elemento completamente a parte de qualquer "igreja" ou panelinha.

Das entrevistas dos anos 90, temos duas de grande importância histórica que se relacionam intimamente entre si. A primeira é "Belair, 20 anos depois", por Susana Schild, e a segunda, "Cinema com arte: Sganzerla e Bressane", por Alcino Leite Neto. Nas duas temos o encontro entre Sganzerla e Bressane, sendo que na primeira o livro optou por publicar apenas as falas de Sganzerla. Na segunda, como na publicação original na "Folha de São Paulo", em agosto de 1995, conferimos também os depoimentos de Bressane. Em "Belair, 20 anos depois", vemos uma reavaliação do que foi, nas palavras de Haroldo de Campos, o "terremoto clandestino" chamado Belair. Sganzerla fala da experiência da produtora carioca de vida efêmera que em apenas três meses (janeiro a março de 1970) conseguiu filmar seis longas-metragens. A sua posição em relação ao cinema brasileiro e aos seus cineastas permanece extremamente crítica: "O cineasta brasileiro não lê romances, não conhece dramaturgia, acredita mais nos seus próprios limites do que em qualquer janela para o mundo. É uma figura sisuda e melancólica". Para ele, na época da Belair "o fato de filmar já implicava uma resistência, empunhar uma câmera era um gesto heróico". Hoje, no cinema brasileiro "houve um enorme retrocesso, uma marcha a ré histórica brutal". Respondendo sobre a dicotomia cinema comercial x cinema de arte tão vigente no nosso cinema, Rogério evidentemente diz que ela é uma grande balela. Em seu cinema, essa separação nunca existiu. A relação de sua filmografia com a cultura popular de massa não reside apenas nos seus dois primeiros filmes "O Bandido da Luz Vermelha" e "A mulher de todos", os únicos que de fato foram sucessos de bilheteria. Até mesmo em seus filmes da Belair encontramos atuante essa preocupação. Em "Sem essa aranha" vemos a hábil articulação do humorista de TV Jorge Loredo interpretando o popular personagem Zé Bonitinho. Vemos Moreira da Silva e Luis Gonzaga. Rogério declarava fazer um cinema popular e de fato, de maneira original ele fazia.

"Cinema com arte: Sganzerla e Bressane" traz momentos antológicos como a parte em que Sganzerla e Bressane relembram a maneira como se conheceram. Os dois estavam no meio do Festival de Brasília de 1969, o primeiro, com "A mulher de todos" e o segundo, com "O anjo nasceu". Houve um choque, o principio de um processo de afinidade e admiração mútua que os levaram a criar a Belair. Os dois conversam sobre as suas visões do cinema, "o cinema é a expressão de um processo de pensamento", disse Bressane. Batendo um leve e descontraído papo entre si, os dois diretores nos oferecem uma agradável aula de cinema. Outra grande aula é realizada através de um outro bate papo: "Saganzerla e Renoldi: um encontro" por Luis Rocha Melo, André Franciolli e Alessandro Gamo. Sabiamente, a organizadora Roberta Canuto constatou que Rogério, como quase todo grande personagem, além de render ao responder perguntas realizadas por um repórter, também pode proporcionar grandes pérolas ao ser posto ao lado de um companheiro. Assim, junto ao seu montador e velho amigo Silvio Renoldi, Rogério Sganzerla manda ver.

Comprem o livro e divulguem.

Marcadores:

Arte bruta


O grande Walter Carvalho lança amanhã o DVD do seu documentário "Moacir, arte bruta", na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, a partir das 19h. Walter e o pisicanalista Antonio Quinet vão debater arte e inconsciente.

Marcadores:

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sois rei!


Hoje em dia tem um monte de mané aí que acha que tem um rei na barriga. Mas pra ser nobre de verdade, não basta ser filho de papai, é preciso ter história de vida. E isso, Severino Dadá tem de sobra. Um dos maiores montadores do cinema brasileiro - ele é conhecido como o cangaceiro da moviola -, boa-praça que só ele, Dadá é a estrela da seção Aristocracia Carioca da Zé Pereira número 3. A revista chega às bancas nesta quarta-feira.

Marcadores:

Jairo Ferreira e o Nuevo Cine Argentino no MAM


Por Estevão Garcia

A combinação acima pode aparentar ser um pouco fora do comum ou até mesmo quase insólita, mas não é. A colocação em um mesmo liquidificador cinematográfico dos ingredientes Jairo Ferreira e Nuevo Cine Argentino, no seu estágio embrionário, é concretizada pela sessão conjunta dos dois cineclubes hoje em atividade na cinemateca do MAM. Eles são o cineclube Tela Brasilis, especializado em cinematografia brasileira, e o cineclube Sala Escura Sessão Latina, dedicado ao cinema latino-americano de um modo geral. A sessão que celebra a união desses dois cineclubes acontecerá nesta quinta-feira, às 18:30h, na cinemateca do MAM, seguida de debate com os cineclubistas. O Sala Escura, com o apoio da Curta Cinema, exibirá os raríssimos curtas "Mocoso mal criado" (de Pablo Trapero, Argentina, 1993, foto) e "Rey Muerto" (de Lucrecia Martel, Argentina, 1995), e o Tela Brasilis projetará o também pouco visto "O vampiro da cinemateca" (de Jairo Ferreira, Brasil, 1978).

Marcadores:

domingo, 28 de outubro de 2007

A festa dos DJs e o incrível Greg Gillis, o Girl Talk


Texto e foto: Zaira Brilhante

Estava acabando. Os shows já eram passado e a última noite de Tim Festival no Rio era dos DJs. Em cada tenda e também no Village, pessoas dançavam nos mais variados estilos, de house e funk a disco e techno. O mais interessante: acompanhando ou não a música. O importante era não deixar o clima de festa morrer. Tudo parecia dentro do que se considera normalidade. Pelo menos até Greg Gillis subir ao palco da tenda que abrigou o Mash-Up e, literalmente, desconstruir qualquer padrão até ali.

Pegue as suas canções favoritas. Misture com sons que você nunca ouviu, uma pitada do top do pop e, porque não, uma mistura de rock com funk. Fazendo um belo trabalho de corte e colagem, o Girl Talk (nome que o rapaz assume quando está a postos, à frente de seu notebook, belo brinquedinho) não só levantou a galera como espantou pra bem longe qualquer sombra de cansaço.

Já passava de 4:30h quando ele alucinadamente convidou o "mother f*** party people" pra subir ao palco. Com microfone em punho, pulava de lá para a grade, colocava o casaco, tirava o casaco, a blusa também, e balançava a cabeça fazendo todo mundo querer mexer junto. Isso enquanto ainda não havia resolvido trocar de vez o lado da grade e dançar no meio do público. Ele podia, afinal a festa era dele àquela hora.

O fato é que era impossível ficar parado ao som de Jackson Five com Nirvana, Avril Lavigne e Daft Punk e outras misturas inimagináveis e eficientes. Até duas do trio curitibano que arrasa lá fora, o Bonde do Rolê, o rapaz mandou. O resultado: quando acabou as pessoas continuavam pulando, dançando, ainda revirando na cabeça aquela loucura que havia sido a apresentação de um menino franzino que, sozinho, deu um verdadeiro show de musicalidade, apesar de não cantar nem tocar nenhum instrumento.

Marcadores:

O lado pop do rock norte-americano



Texto e fotos: Zaira Brilhante

Quem chegou cedo para a segunda noite de Tim Festival levou um susto. Os desavisados quanto à popularidade de Juliette Lewis dificilmente compreenderiam o fato de haver dezenas de pessoas andando pra lá e pra cá com um cocar de uma pena só, cada um de uma cor. Mas bastou a morena subir ao palco do Novo Rock US (com apenas 20 minutos de atraso em relação ao horário previsto) para entender. Detalhe: o dela era vermelho.

Ninguém pode negar que, no quesito simpatia, a apresentação do Juliette and the Licks foi hour concour. Com pose de estrela, digna de Hollywood, a moça não mediu esforços para incendiar a platéia. E conseguiu, se não com a música, pelo menos com o contorcionismo. Eram pulos e manobras para todos os gostos. Quanto a cantar, essa parte foi, digamos, negligenciada. Pouco se ouvia a voz de Juliette durante as canções. Em pensar que, na noite anterior, eram as notas limpas e claras de Björk que se multiplicavam naquela mesma tenda.

A banda The Licks fez o dever de casa. Apesar de não primarem por inovações, mostraram um "feijão com arroz" do rock and roll muito bem feito. Ponto pra eles. Juliette, como atriz, soube interpretar dignamente o papel de cantora e band leader, mas faltou o dedo da direção para cortar os excessos. Quem não estava muito preocupado com a música, ficou feliz com a festa. Mas, os demais, provavelmente acharam caricatas ao extremo as interpretações saídas da década de 80 e gostariam de ter escutado um pouco mais do que gritinhos.

Os melhores momentos ficaram com o hit "Hot kiss" e as também populares "Love to kill" e "Death of a whore". Antes de encerrar a apresentação, claro, a moça foi pra galera. Um verdadeiro stage-diving, com direito a declarações de amor ao final. "Amo vocês", ela gritava, pra delírio e diversão da platéia, que agora, como na noite anterior, começava a se rearranjar no espaço da tenda. Saem os fãs de Juliette, entram os de Brandon Flowers e companhia.

Às 22h em ponto começou a sucessão de imagens do último disco, "Sam's town", nos telões. Ao fundo, a introdução que levou a banda ao palco. A primeira sensação ao ver Brandon com uma blusa de manga comprida branca e um colete preto por cima foi a de "Freddie Mercury não morreu". Quando foi possível desviar o olhar dele e perceber os demais integrantes da banda – Mark Stoermer (baixo), Ronnie Vannucci Jr. (bateria) e Dave Keuning (guitarra) – a informação se confirmou. Dave, a la Brian May, usava (apesar do calor tropical) um terno branco, como o guitarrista do Queen.

Mas comparações engraçadinhas à parte, The Killers (foto) mostrou como se faz música de gente grande e, principalmente, como se sustenta isso no palco (qualquer alusão à atuação, na noite anterior, dos meninos do Arctic Monkeys não é mera coincidência). De cara, eles mandaram a faixa-título do segundo álbum, "Sam's town".

Do mesmo disco, "Enterlude" foi acompanhada por um coro que gritava a primeira frase a todos pulmões: "We hope you enjoy your stay / It's good to have you with us, even if it's just for the day". A platéia estava ganha. E, com ela nas mãos, o show era deles. Seguiu-se, como não podia deixar de ser, a empolgante "When you were young". No cardápio, ainda as boas "Bones", "Jenny was a friend of mine" e "On top", entre outros hits dos dois discos.

Eles optaram por desacelerar o andamento de várias canções. Foi em "Mr. Brightside" que o recurso ficou mais perceptível, mas não afetou a explosão que a música causa. Interessante também foi o sotaque (quase inglês) com que Brandon repetia o "Let me go" na mesma canção. Tudo bem que a banda não nega as influências do britpop, mas até trocar o "accent", ninguém poderia imaginar. Foi no mínimo curioso.

Depois desta canção eles deixaram o palco, mas por muito pouco tempo. Voltaram para encerrar com um cover. "Shadow play", do Joy Division, com "uhuus" na introdução que causaram certo estranhamento em algumas pessoas na platéia. Pra compensar, emendaram as ótimas "For reasons unknown" e "All these things that I've done". Esta, do primeiro disco "Hot fuss", fez a platéia entoar por vários minutos (mesmo quando do silêncio da banda) a frase " I got soul, but I'm not a soldier ". Por fim, após o êxtase, se despediram com "Exitlude" e o público, mais uma vez de parabéns, repetiu o coro "We hope you enjoyed your stay".

Marcadores:

Um palco, dois ingressos, quatro shows



Texto e fotos: Zaira Brilhante

Caiu a noite e já era visível um princípio de aglomerado na grama do Parque do Flamengo. Apesar de tímida, a futura platéia que ali se concentrava mostrava nítidos sinais de ansiedade. Enquanto isso, lá pelas 20:3h0, a figura de Antony Hegarty já declamava com propriedade a poesia de "Mysteries of love". Em oposição às letras e arranjos intimistas, uma figura simpática – estranha, mas simpática – fez da apresentação da banda Antony and the Johnsons um momento muito agradável na, digamos assim, abertura do Tim Festival.

A mesma tenda que abrigou o palco Volta, mais tarde daria lugar aos shows do Novo Rock UK. Mas entre o inglês Antony e seus conterrâneos do Hot Chip havia uma islandesa. Após o show sublime, mas curto, de cerca de 40 minutos (provavelmente se poupando, já que em poucas horas a banda subiria novamente ao palco, substituindo Feist, que não pôde comparecer ao Novas Divas devido a uma crise de labirintite), Antony comentou como era bacana abrir para a amiga Björk. Foi assim que a base piano e voz, pontuada por poucas intervenções de cordas - como violão, baixo e violino – teve fim.

Luzes acessas e a platéia, resumida a um pequeno grupo amontoado junto à grade e vários outros de bate-papo, dispersos nessa que foi a maior tenda montada para o evento (com capacidade para quatro mil pessoas), começou a desenhar uma nova distribuição. Mas não foi preciso ficar no gargalo para ver – e sentir – a presença de Björk (acima). Ela entrou escoltada por outras dez mulheres, um verdadeiro exército de metais – os instrumentos, por favor – afinal, se tratava da banda Wonder Brass, que tem acompanhado a excelente e excêntrica cantora. Assim como a capitã, todas tinham o rosto pintado, com um único detalhe a mais: bandeirinhas vermelhas penduras acima da cabeça, combinando com o fundo do cenário.

De dourado dos pés (descalços) à cabeça, com um vestido bufante – que funcionava muito bem quando aliado aos pulinhos desengonçados, mas eficientes para fazer todo mundo gritar – Björk provou que, esquisitice à parte, é uma artista pra ninguém botar defeito. Potencial vocal invejável, presença incontestável, arranjos que se aproveitavam dos efeitos sonoros e visuais de um DJ e seu equipamento – ambos, parecia, haviam saído de alguma ficção científica intergaláctica – somados a lasers e chuva de papéis prateados fizeram da apresentação um banquete para os sentidos. Infelizmente, diferente do que muitos pensavam, não houve o encontro com Antony no palco. E, ao som dos gritos eufóricos de "higher, higher", em resposta ao refrão "raise your flag", de "Declare independence", a apresentação teve fim. Acabava aí o Tim Volta, era a vez da tenda abrir espaço para o novo rock da terra da rainha.

Foi assim que, com praticamente uma hora de atraso, o quinteto formado por Alexis Taylor, Joe Goddard, Owen Clarke, Al Doyle e Felix Martin tomou conta do palco e "da pista", por assim dizer, fazendo todo mundo balançar ao som dançante e quase oitentista de canções como "Shake a fist" e o sucesso "Over and over". O grupo Hot Chip muito lembrava Pet Shop Boys e outros nomes na mesma linha, mistura de rock e eletrônico. Só não aproveitou quem se agarrou com todas as forças ao lugar disputado na primeira fila. Uma galerinha de 18 e 19 anos (em alguns casos, se não fosse o "proibido para menores", era possível jurar que se tratava de meninas e meninos na faixa dos 15). Todos, sem dúvida, aguardando o ídolo mor, hoje com incríveis 21 anos.

Alex Turner e os Monkeys (no alto) entraram no mais completo estilo inglês, diferente do Hot Chip. Emendaram uma seqüência rasteira e eficiente. Fizeram a histeria tomar conta do amontoado juvenil e, sem praticamente qualquer interação com a platéia, repetiram no palco exatamente o que fazem em estúdio. O resultado foi um show nos moldes "ctrl + c – ctrl + v". Frio, quase londrino. Até a chuva lá fora parecia contribuir para isso. Tão diferente do calor que fazia quando Björk pulava e se descabelava no palco. Então os Macados do Ártico foram uma decepção? Não necessariamente. Os fãs saíram satisfeitos. Os puristas, também. Afinal a apresentação foi fidelíssima a "Whatever people say I am, that's what I'm not" e "Favourite worst nightmare". Para os que esperavam uma explosão de originalidade, que fizesse jus à criatividade da banda, faltou algo mais. E não foram boas canções, isso teve de sobra, com "Fake tales of San Francisco", "This house is a cirkus" e "I Bet That You Look Good On The Dancefloor".

Marcadores:

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Primeira sessão, Primeiros Quadros


Por Estevão Garcia

A sessão de abertura do Curta Cinema ocorrida na noite de ontem no Cine Odeon mostrou aos convidados um resumo do que o evento exibirá nas próximas duas semanas. Assim, tivemos a oportunidade de ver pelo menos um filme de cada retrospectiva especial. Sabiamente a curadoria optou por não exibir nenhum curta das competitivas nacional e internacional, pra não acabar dando privilegio a alguns filmes em detrimento de outros. O que vemos ontem foi: "Meu nome é Gal" (1970), da retrospectiva Antonio Carlos da Fontoura; "Johann Sebastian Bach: Fantasia G-moll", (1965) da sessão especial dedicada ao animador tcheco Jan Svankmajer; "Rey Muerto" (de Lucrecia Martel, Argentina, 1995, foto) do Foco Argentina; "La Lettre"(1998), da retrospectiva Michel Gondry; "Asas, sombras, bicos e unhas de sonho" (de Beto Brant, Brasil, 2006), o único filme da sessão que não faz parte de nenhuma retrospectiva do Festival; e "Seams" (de Karim Aïnouz, EUA/Brasil, 1993,) da sessão Primeiros Quadros.

O filme de Antonio Carlos da Fontoura chama mais a nossa atenção pela curiosidade do que propriamente por suas qualidades. Sendo uma reunião de três videoclipes em uma única cópia que mais parecia uma VHS, a coletânea de três canções belamente interpretadas por Gal Costa, da maneira em que foi exibida, aparentava caber mais adequadamente como extra de um DVD do que projetado como um curta-metragem. A equipe técnica conta com Lauro Escorel na fotografia e Davi Neves na produção. O ano era 1970 e apesar da deficiência da cópia, dava para perceber o requinte da fotografia de Escorel, bem afinada com a época e coerente com o visual e a persona de Gal. O tom psicodélico pop das cores e determinadas referências iconográficas buscadas por Fontoura nos sugere que aqui essa pesquisa pelo mundo pop/kitch/cafona é apenas um esboço do seria aprimorado quatro anos depois em "Rainha Diaba".

"Johann Sebastian Bach: G-moll", de Svankmajer, nos serviu como um aperitivo ou como uma entrada que estimula o nosso apetite em acompanhar todas os três programas dedicados aos seus filmes de curta duração. A sensibilidade surrealista presente em suas construções imagéticas, o apuro no desenho sonoro, o ritmo e a cadência equilibrada fazem de "Johan Sebastian" um interessante convite a um passeio pela obra do animador de nome quase impronunciável. "Rey Muerto", ao contrário do curta de Savankmager, não é um convite e sim uma constatação. Para quem conhece os dois brilhantes longas de Lucrecia Martel "O pântano" e "A menina santa" a experiência de assistir esse curta apenas comprova o seu enorme talento. Mais do que a tentação de procurar encontrar nesse curta de 95 características estilísticas que posteriormente seriam retrabalhadas em seus longas, ver "Rey Muerto" sublinha a pulsão e a relação visceral estabelecida entre a diretora e o cinema.

"La lettre" nos descreve a relação de Stephane com o seu irmão mais velho que o incentiva a perder a timidez e se declarar a menina de seus sonhos. Desconsiderando alguns maneirismos e alguns excessos que nada acrescentam à visualidade e a narrativa do filme, "La lettre" possui bons momentos como a seqüência onírica em que o protagonista se converte em uma máquina fotográfica ambulante no meio do ano novo. "Asas, sombras, bicos e unhas de sonho" de Beto Brant possui apenas três minutinhos e se constitui em um exercício do autor feito com a câmera de seu celular. Inédito e exibido especialmente para a abertura do Festival, o pequeno filme de Brant nos dá a sugestão de que a arte do audioviosual é ampla e que não deve se restringir apenas aos formatos mais consagrados. É possível criar e fazer cinema com o celular. O impulso poético do curta de Brant permanece na tela quando vemos os primeiros fotogramas de "Seams". Karin Ainouz, depois de morar anos no EUA, retorna ao Ceará onde viveu sua infância e constrói um revelador ensaio com as suas cinco tias. Memória, nostalgia e necessidade de se registrar algo que está na iminência de se perder aqui se fundem. Aïnouz ao mesmo tempo em que quer fazer uma breve viagem ao passado, pretende capturar com a sua lente o presente fluído e efêmero de suas tias carismáticas e excêntricas. O filme de Karim nos faz pensar que a sessão Primeiros Quadros é mais uma boa pedida para se assistir durante o festival.

Marcadores:

É nesta quarta-feira

Marcadores:

Minc sai do muro

Até hoje o secretário do Ambiente não se dignou a procurar a Zé Pereira para falar das acusações feitas a ele por Rogério Rocco, superintendente do Ibama no Rio, e pelo geógrafo Elmo Amador, de fazer vista grossa para os problemas que a refinaria de Itaboraí pode causar à Baía de Guanabara. Mas parece que começou a tomar providências. Segundo a coluna Gente Boa do "Globo", Calos Minc pediu a revisão do projeto da refinaria, pois ela poderia prejudicar os golfinhos que habitam a baía. Já é um começo.

Marcadores:

Que rufem os tambores... e as guitarras, os baixos e sintetizadores


Por Zaira Brilhante

É hoje. Esta sexta-feira, apesar das nuvens cinzas que encobrem a cidade, amanheceu para muitos cariocas como um lindo dia azul. Houve quem pensasse que o canto do galo era a voz de Alex Turner em "Flourescent adolescent" ou que os toques polifônicos do despertador do celular se tratavam na verdade de arranjo de música da Björk. Tudo isso porque ficou difícil conter a ansiedade quando caiu a ficha de que faltam menos de 24 horas para ser dada a largada do Tim Festival.

Esta é a primeira de duas noites com música para todos os gostos, na Marina da Glória. Mas, a festa já começou desde ontem, em São Paulo, e termina só no dia 31, em Curitiba. Por aqui, com os oito mil ingressos dos dois principais palcos de hoje vendidos, não é difícil imaginar o tamanho da festa.

Os fãs mais afoitos já começaram a peregrinação. Claro que em nada se parece com os surtos oitentistas, que faziam centenas dormirem na porta de estádios ou montarem acampamento em frente aos hotéis. No entanto, nas comunidades do Orkut, podemos confirmar a informação de que uns e outros (uma meia dúzia, na verdade) se deram ao trabalho de esperar, por exemplo, os meninos do Arctic Monkeys (foto), que desembarcaram ontem, às 17h14, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.

Na comunidade da cantora islandesa, um grupo com representantes de todo o Brasil tenta combinar pontos de encontro na Marina. Em outro tópico, tem quem tente sondar o nome do hotel em que a moça vai ficar ou os pontos turísticos que ela pretende percorrer enquanto estiver pela cidade.

Por mais mornas – e virtuais – que as manifestações possam parecer, isso tudo acaba, ou melhor, cresce, quando o primeiro acorde começa. Uma coisa não podemos negar: as platéias brasileiras são de dar inveja. Cantam – quase sempre na tentativa de serem ouvidas ou, pelo menos, percebidas pela trupe que povoa o palco. Apesar de o Tim Festival não ser exatamente o tipo de evento que atrai um público dos mais calientes, algumas apresentações de hoje e amanhã prometem causar verdadeiro frenesi na platéia. E esperar e pagar – caro, na faixa dos R$ 180 – pra ver.

Marcadores:

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Curtas a valer


Por Estevão Garcia

Começa hoje e vai até o dia 4 de novembro a 17º edição do Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. O Festival desse ano ao todo exibirá nada mais nada menos que 252 curtas-metragens. É uma oportunidade única para quem deseja conferir o que de mais novo e interessante está se produzindo no Brasil e no mundo em um formato ainda pouco privilegiado em termos de difusão. O Curta Cinema de 2007 oferece a nós, espectadores cariocas, 48 filmes de 23 países e 52 produções de 10 estados brasileiros. Teremos a chance de ver curtas de países distantes, que de outra forma dificilmente chegariam às nossas telas, como o romeno "Exame" de Paul Negoescu e curtas brasileiros produzidos fora do eixo Rio-São Paulo como "Peiote" (de Cao Guimarães, Minas Gerais, 2007), "Satori Uso" (Rodrigo Grota, Paraná, 2007, foto acima), "Sensações contrárias" (de Matheus Rocha, Amadeu Albam e Jorge Alencar, Bahia, 2007) e "Cabeceiras" (de Ana Bárbara, Paraíba, 2007). Por incrível que pareça muitas vezes o audiovisual brasileiro não carioca e não paulista é tão desconhecido e pouco visto por aqui quanto curtas húngaros ou suecos. O Curta Cinema é então um dos poucos eventos que pelo menos uma vez por ano tenta suprir essa nossa grande deficiência/carência audiovisual.

Além da mostra competitiva nacional (nove sessões) e da internacional (oito sessões) o Festival oferecerá retrospectivas especiais como uma sessão dedicada aos curtas realizados pelo crítico e cineasta Jairo Ferreira: a sessão Primeiros Quadros onde poderemos conferir os primeiros exercícios cinematográficos de diretores brasileiros hoje premiados como Karim Ainouz, Cláudio Assis, Beto Brant e Tata Amaral. Uma sessão em homenagem aos curtas de Antonio Carlos da Fontoura, em sua totalidade aproximações ao processo criativo de músicos e artistas plásticos. Curtas como "Mutantes" (1970), "Ver ouvir" (1966) e "Heitor dos Prazeres" (1965) são alguns dos destaques da sessão - homenagem ao diretor do clássico "Rainha Diaba". Outro homenageado será o cineasta e baterista Michel Gondry. Diretor dos filmes "A natureza quase humana" e "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" e renomado diretor de videoclipes, o realizador francês terá 15 produções suas (entre clipes, ficções e animações) exibidas no festival.

Uma atenção especial também precisa ser dada ao Foco Argentina. O foco direcionado ao nosso país vizinho se subdivide em: uma pequena retrospectiva Fernando Birri, uma sessão composta por curtas argentinos contemporâneos e outra de curtas argentinos dos anos 90. Essa última é o destaque principal do Foco porque mostrará pela primeira vez no Brasil os curtas dos principais diretores do chamado Nuevo Cine Argentino. Serão exibidos "Mocoso mal criado" (1993) e "Negócios" de Pablo Trapero, "Ojos de fuego" (1995) de Daniel Burman e "Rey Muerto" (1995) de Lucrecia Martel. O Festival acontecerá no Cine Odeon, no Ponto Cine, no Cine Santa e no Cine Glória. Os ingressos custam 5 reais e o passaporte com direito a toda programação está no preço promocional de 15 reais. Nessas duas próximas semanas, a febre do curta-metragem tomará conta do Rio.

Marcadores:

"Tropa de elite 5" vem aí!


Os quatro primeiros você encontra em qualquer camelô; mas o 5, só no site da Zé Pereira: a gente deu um pombo sem asas nos caras e vai apresentar em breve, com exclusividade, a cópia pirata inacabada do DVD do último filme da série que botou os maconheiros no seu devido lugar. Os pintas-brabas aí em cima são João Pequeno (Thogun, o mesmo ator de "Tropa de elite 1"), Meirelles (Nando Cunha), Chefe (Márcio Libar), Thayanny Khristynnah (Patricia Evans, no porta-retratos) e Casé (Allan Sieber). Para eles, saco é coisa de frutinha: a parada é Golfinhos de Miami.
Audiovisual nos olhos dos outros é refresco. Vista a carapuça, se for capaz!

Marcadores:

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Nem parece que é um roubo


Taxa para sustar folha de cheque perdida: R$ 11,40 cada.
Dizer que isso é assalto à mão armada e o gerente concordar: não tem preço - mas também não adianta nada.

Marcadores:

Nesta quarta

Marcadores:

domingo, 21 de outubro de 2007

Duas caras

"Negras gatas", celebra uma reportagem do jornal "O Dia" de hoje, sobre as belas atrizes negras da novela das oito. Ao mesmo tempo, uma pesquisa do Globo Online pergunta: "Qual é a atriz mais bonita de 'Duas caras'?". E as opções são: Flávia Alessandra, Letícia Spiller, Marjorie Estiano, Débora Falabella, Aline Moraes, Bárbara Borges, Vanessa Giácomo e Débora Nascimento.

Marcadores:

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Curta Cinema

DEBATE

Curta na Mídia: veiculação, inserção na imprensa e novas perspectivas.
Uma questão fundamental no universo do curta-metragem, para além do âmbito
da produção, diz respeito à sua visibilidade. Esse debate pretende levantar uma
discussão sobre a presença do curta nas mídias tradicionais e as novas perspectivas
que se abrem, especialmente pela Internet, em sites de conteúdo audiovisual,
e pelo novo papel desempenhado por canais de televisão paga.

Data: 26/10 (sexta-feira), das 17h30min às 19h30minh.
Local: Cine Glória (Memorial Getúlio Vargas) -
Praça. Luís de Camões s/nº - subsolo - Glória

Mediador:
Ailton Franco Jr.:
Produtor de cinema e diretor do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema.

Debatedores:
Ariel Alexandre:
Idealizador e Diretor Executivo do Videolog, (primeiro portal de compartilhamento de vídeos do Brasil) e
locutor da Rádio MIX FM RJ.
Bianca Kleinpaul:
Subeditora de Cultura do Globo Online e repórter especializada em Cinema. Assina ao
blog do Bonequinho com Rodrigo Fonseca. Pós-graduada em Jornalismo Cultural , na Uerj.
Eduardo Souza Lima (Zé José):
Cineasta, jornalista e crítico de cinema. Dirigiu o longa-metragem "Rio de Jano".
Editor da revista "Zé Pereira".
Wilson Cunha:
Jornalista e diretor geral do canal Multishow. Apresentador da coluna semanal
sobre cinema e DVD no programa "Qual é a Boa", no mesmo canal.

Sônia Müller
Debates Curta Cinema 2007
www.curtacinema.com.br

Marcadores:

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O que vale a Vale

As entidades organizadoras do plebiscito sobre a anulação da venda da Companhia Vale do Rio Doce divulgaram na semana passada os números finais de sua consulta popular. Mais de 3,7 milhões de pessoas votaram em 3.200 municípios brasileiros. Nada menos do que 94,5% dos votantes querem que o controle da Vale saia das mãos da iniciativa privada e volte para o Estado. A grande imprensa, porém, ignorou solenemente o plebiscito. Sessenta e nove ações populares pedem a anulação do leilão da empresa.

Marcadores:

Chute para fora

Paulo Sérgio Almeida pode saber tudo de mercado de cinema - ele é o dono da Filme B, empresa de consultoria do setor - mas mandou uma bola na arquibancada ontem no "Globo" ao dizer que "Tropa de elite" estreou sem nenhuma mídia. Alguém aí conseguiu não ver nada sobre o filmes nos jornais, revistas e emissorasde TV nas últimas semanas? Só na TVE teve José Padilha na segunda ("Roda viva") e na terça ("Observatória da imprensa") passadas. Na Globo e no seu house organ, então, nem se fala.

Marcadores:

A flor do Lácio! A flor do Lácio!

"O Dia" estampa hoje em sua primeira página: "Ao vivo e A cores". É de lascar...

Marcadores:

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

"Clarita" no Idfa

O curta-metragem "Clarita", de Thereza Jessouroun, foi selecionado para a competição oficial do mais importante festival de documentários do mundo, o IDFA (International Documentary Festival of Amsterdan) que acontecerá em novembro.

Marcadores:

sábado, 13 de outubro de 2007

"Eu só interpretei papéis idiotas na TV"

Paulo Autran (1922-2007)

Marcadores:

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

FIQ


Já está no ar o site do 5º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. O FIQ acontece de 16 a 21 de outubro, na Serraria Souza Pinto, e o homenageado deste ano é o desenhista brasileiro Julio Shimamoto.

Marcadores:

Dieta de mídia

Por Adriana Nolasco

Dieta de mídia: abra um buraco bem grande, enfie a cabeça e peça pra te avisarem quando a lei orgânica do município do Rio "pegar". Essa é bem radical e costuma ser contra-indicada pelos médicos.

Não leia jornal, ao menos esses que tão por aí, obviamente não compre o lixo editorial chamado levianamente de revista, com exceção da zé pereira, e coloque antolhos pra andar na rua.

Aos sábados quando o telefone tocar e você ouvir a doce voz do telemarketing, basta dizer que você não é você.

Pegue aquele móvel quadrado que chamam de televisão e, primeiro desligue, sua casa tem fontes de luz melhor, depois use a criatividade e a transforme, por exemplo, naquela mesinha de apoio que tava faltando no seu escritório.

Não responda e-mails e não responda imediatamente ao que te perguntam. De cara você vai parecer mais inteligente e logo depois você pode efetivamente ser inteligente, mas aí é contigo. Os relatos científicos afirmam apenas que assim suas idéiais ganham a liberdade de chegar sem pressa.

Pra evitar recaídas, volte a fazer amizade com seus livros. Experimente também chegar em casa e conversar com sua mulher, seu marido, seu cachorro, seu espelho. Escute os barulhos do prédio, observe que os passarinhos cantam sempre na mesma hora e teu vizinho trepa em média, uma vez por mês, mas isso porque ele não tá de dieta. Beba muita água.

Depois de uma semana são relatados alguns efeitos colaterais, mas não desanime, é assim mesmo. Clareza mental, senso crítico, senso de humor e sensibilidade alterada são alguns dos sintomas mencionados. Com o tempo você vai se sentindo melhor.

Quando completar trinta dias, reintroduza aos poucos os itens proibidos em sua dieta, mas vá com calma, costuma ser indigesto.

É sempre bom lembrar que o importante é promover uma reeducação, mas lembrando que foi justamente a educação que nos levou ao ponto que estamos agora, é melhor desconsiderar esse item. Grupos de ajuda costumam funcionar. Não se iluda, você é um viciado.

Por fim, antes de fazer qualquer coisa, lembra que você não tá num comercial de margarina, teu carro novo não vai fazer teu pau ficar duro e só te resta uma chance pra responder: o que é que eu quero fazer? Aí vai lá e faz.

Marcadores:

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Mal Necessário da semana

É só clicar aqui.

Marcadores:

Para o inferno, Vivo

Por Eduardo Souza Lima

Troquei de operadora. Dizem que elas são todas iguais - sou neófito nessa história de celular - mas pior do que a Vivo ela não deve ser. A Vivo deve ser a pior empresa do mundo - se bem que tem a Phillips também. E, segundo me disseram, ela pega em Pernambuco e em Minas Gerais - coisa que não acontece com a Vivo, apesar do reclame da TV - e aí, CONAR? Ontem tentei pela última vez recuperar os meus 21 reais tentando apelar para o bom senso de alguém da operadora. Depois de horas apertando botões e ouvindo musiquinhas irritantes e vozes robóticas idem, finalmente fui atendido - o protocolo de minha reclamação é 142.339.480. Era uma dessas moças que são pagas para ouvir desaforos de clientes. Como sabia que ela não resolveria nada, insisti em falar com um supervisor. Ele não falou comigo, apenas mandou um recado pela infeliz. Não ouvi o que o pau-mandado disse, mas o teor da resposta foi "azar o dele". Infelizmente a Anatel não pôde resolver o meu problema. Vou ter que recorrer ao Procon. Enquanto isso sigo teclando *7000 mais 12 números aleatoriamente. Deve ser tão difícil quanto ganhar na loteria, mas pode ser que uma hora dessas eu consiga recarregar o telefone.
O que mais me espanta nessa história toda é o descaso com o cliente. Eu disse que ia trocar de operadora e eles nem aí. É como se eles não precisassem de clientes. Como se o dinheiro da empresa viesse de outra fonte.

Marcadores:

Didi, Dedé, Mussum e Zacarias nos Correios


Anna Azevedo tentou mandar seu filme "O homem-livro" para um festival na Finlândia. Escreveu no envelope "TO: Tampere Film Festival / FROM: Anna Azevedo". Fez o mesmo para um festival na Holanda, mas os pacotes sequer chegaram a sair do Brasil. Ontem, os dois envelopes lhes foram entregues - no endereço do destinatário - como se tivessem sido enviados a ela pelos organizadores dos festivais. Que a galera dos Correios não fale inglês é um absurdo, mas vá lá. Só que os dois envelopes foram enviados pelo Exporte Fácil da ECT. Os Trapalhões perdem.

Marcadores:

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Irresponsabilidade social


Está no "Globo" de hoje: inspirados no filme "Tropa de elite", jovens cariocas estão brincando de torturadores. É claro que o diretor José Padilha não tem nada a ver com os efeitos colaterais que seu filme vem causando, mas a imprensa deveria tratar um assunto tão grave com mais seriedade. Na capa do "Extra", tem uma foto de uma modelo-e-atriz usando trajes sumários inspirados no Bope. A "reportagem" diz que a moda da caveira chegou às sex shops. Isso não seria apologia ao crime? Quem edita este jornal? O cara acha que o que está acontecendo é motivo de piada?

Marcadores:

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Ainda Vivo

O mais espantoso nessa história toda é a total falta de consideração com o cliente, possivelmente causada pela certeza da impunidade. Eles podiam simplesmente carregar o celular e recolher o cartão. O único prejuízo seria o do papel usado para confeccionar o mesmo, já que o que importa é o código de 12 números impresso nele. E aí teriam um freguês satisfeito.
Falando nisso, alguém já parou pra pensar no que aconteceria se a gente discasse no celular *7000 mais 12 números aleatoriamente?

Marcadores:

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Seja vivo!



Por Eduardo Souza Lima

A Vivo me fez de otário mais uma vez. Levou-me 21 reais na mão grande. Estive em São Paulo na semana passada e precisei comprar um cartão de recarga para o meu celular. Comprei esse aí em cima - ô Selton Mello, olha a imagem! Não me parecia lógico que você só pudesse comprar cartão para o seu aparelho em seu estado, por isso nem perguntei nada. No cartão em si não há nenhuma advertência, apenas um microscópico "SP" - que pode querer dizer qualquer coisa - escrito no canto esquerdo. Fosse a empresa honesta, haveria nele um aviso de "Cartão válido apenas para São Paulo" - ou para o estado que fosse. Ou ela faria uma campanha de esclarecimento na TV. Mas as operadoras de celulares parecem viver de expedientes, pequenos golpes nos clientes, tendo como armas principais contratos criptografados, impossíveis de serem lidos, e propaganda enganosa na TV - e aí, CONAR, você só existe no papel? Só descobri que o cartão não me valeria de nada depois de ir a uma loja da Vivo - antes, é claro, fui submetido ao calvário do *9000. A mocinha simplesmente me disse que não poderia fazer nada por mim. Traduzindo: perdeu, playboy.
Da privatização das teles para cá, o Brasil pulou de 800 mil telefones celulares para 120 milhões. Os usuários deviam ser chamados de vítimas.

Marcadores:

sábado, 6 de outubro de 2007

João Paulo Cuenca Mastroianni


O camarada João Paulo Cuenca lança nesta quinta-feira o seu primeiro romance, "O Dia Mastroianni", na Livraria da Travessa de Ipanema, com festa a seguir na Cinemathèque. Um dos capítulos do livro será publicado na Zé Pereira número 3.

Marcadores:

Quem cala, consente


Por Anna Azevedo

O Festival do Rio poderia ter encerrado sem essa: a lamentável subida ao palco do Odeon do dublê de ator e Presidente da Riofilme, senhor José Wilker.
Minutos antes, José de Abreu assumira o mesmo púlpito para, com graça, anunciar que os bravos soldados rubro-negros haviam barrado o avanço das tropas sãopaulinas. Placar final: Flamengo 1 x 0 São Paulo. O Odeon foi ao delírio. Pura peraltice carioca. A cara do delicioso Festival do Rio.
Mas toda a magia da catarse carioca deu lugar ao espanto ao tomar o microfone o Presidente da Riofilme.
Como todos sabem, o Prefeito do Rio de Janeiro não cumpriu a promessa de patrocinar o maior festival de cinema da América Latina. Em cima da hora, depois de
a logomarca cor de abóbora madura do município estar impressa no material de divulgação do evento, diz o dirigente ser inconstitucional o patrocínio. Justifica, ele: um dos membros da diretoria do festival integra, agora, a cúpula do Governo do Estado. No caso, a secretária de Cultura, sra. Adriana Rattes.
Imerso neste quadro de disparate político, o Presidente da Riofilme sobe ao palco para, com palavras enigmáticas, sem citar nem o santo nem o milagre, pedir "perdão" e emendar, com frases curtas e pausas dramáticas, coisas do tipo o cargo que agora exerce o obriga a se calar (leia-se diante do milagre acima relatado). Que não concorda, mas que é assim. E que o calar-se é uma forma de deixar claro que ele não está de acordo com a postura do Prefeito César Maia. "Me calo" – encerrou, lacônico, profético, apocalíptico. Atuando, como convém a um ator. No papel de: o taciturno presidente da Riofilme.
Bem, o senhor José Wilker é, de longe, o mais controverso presidente que a Riofilme já teve. Ou melhor: como o trabalho dele pouco aparece, não dá nem para criticar as suas ações. Ele é controverso mais por ESTAR no cargo do que por SER o dirigente.
Não entra na cabeça de ninguém que ser ator principal de novela das oito é compatível com cargo de responsabilidade e que exige dedicação como o de Presidente de uma Fundação Pública responsável por um dos negócios mais complexos da cadeia cultural: o cinema.
Seguindo a linha de raciocínio do Prefeito em relação ao Festival do Rio, a Municipalidade não deveria anunciar na TV Globo porque o Presidente da Riofilme é funcionário da emissora. Olho por olho, dente por dente.
Senhor José Wilker: quem cala, consente. E disto nós, brasileiros, de passado recente de repressão política, sabemos de cor. Muitos, o sabem na pele e na alma. Bastava o senhor ter visto, se é que não viu, Memória para uso diário, de Beth Formaggini, melhor documentário do Festival do Rio 2007.
Que Secretário é esse que tem as suas convicções pisoteadas pelo Prefeito (que não está nem aí para a Riofilme, mesmo) e, ainda assim, se mantém no cargo?
A quebra do compromisso de patrocínio é grave. O problema não foi falta de dinheiro. Foi malcriação política. Faz-se política aqui no Rio como criança emburrada que faz beicinho: "Você é feio!". "E você é bobo!".
Porque cargas d'água o senhor José Wilker, um ator classe AA, amado pelo público e sem aparentes problemas financeiros, com certamente mais do que fazer do que não ser ouvido pelo Prefeito, ao ponto de, pateticamente, subir no palco do Odeon para pedir "perdão", continua como Presidente da Riofilme, uma fundação praticamente sem verba, sem força política, esvaziada, a míngua? O que é lamentável. Basta lembrar que a retomada da produção nacional deve-se muito à existência da Riofilme, que segurou as pontas do Brasil inteiro com o fim da Embrafilme.
Mas pior, muito pior do que o senhor José Wilker declarar em tom solene que quem cala não está, necessariamente, consentindo, foi a platéia do Odeon que aplaudiu o silêncio do Presidente-ator.
Como uma classe cinematográfica insatisfeita com os rumos da Riofilme, como a classe cinematográfica do Rio de Janeiro, estado e cidade sem um edital sequer de apoio à produção (os da Riofilme são de quando em quando, e só de curta), aplaude a (não) palavra do senhor José Wilker? Aplaudiria, eu, se ele tivesse pedido exoneração diante de mais esta arbitrariedade do Prefeito em relação à Riofilme – só para não sair das Casas Casadas.
Como aquela platéia, teoricamente educada politicamente – inclusive os documentários vencedores são sobre política - louva estas desastrosas declaração e atuação do senhor José Wilker a frente da Riofilme? Por que hoje em dia ninguém mais vaia nada nem ninguém?
Por que quem se manifesta desta forma é chamado de sem educação?
Por que a vaia deixou de ser uma atitude de protesto para virar uma ação que a classe média tradicionalmente em cima do muro reage meneando a cabeça, oh, mas que horror?
Caro Presidente da Riofilme, já que não concorda com o Prefeito que não dá a mínima para as suas convicções, o que o senhor ainda faz na fundação municipal de apoio ao cinema? Ou será que convicção é motivo pequeno demais para pedir afastamento do cargo?
Eu esperei para que a platéia do Odeon respondesse: "Pede exoneração!".
Mas as pessoas ouviram o Presidente da Riofilme dizer que quem cala, não consente (reinventando o óbvio, ou seja: calar é consentir, omitir-se, sim!) e ninguém reagiu. O Presidente da Riofilme tem seus salários pagos por nós, contribuintes. E teoricamente está ali para zelar pela cultura cinematográfica da cidade. Se suas idéias não são ouvidas, bem, de que adianta estar lá com tanta novela das oito a ser gravada?
Eu, sentada ali no gargarejo direito, ainda comentei comigo mesma, numa reação espontânea ao que ouvira: "ué, pede exoneração, então". Ao meu lado estava Christiane Torloni e apenas ela deve ter ouvido. Mas minha voz, infelizmente, é baixa demais, e ela era a mesma atriz que, meses atrás, foi ao programa do Jô Soares clamar pela volta aos currículos escolares da Organização Social e Política Brasileira, o velho e nada-bom OSPB. A matéria, defendeu Torloni, nos ensinava noções de cidadania. Faz falta. Hoje, não sabemos mais o que é ser cidadão, arrematou.
OSPB, para os que não pegaram este tempo, foi uma cadeira implantada pelo Governo Militar para re-educar o brasileiro sob nova direção.
Realmente, Christiane, você tem razão: se tivéssemos em mãos o domínio do ser cidadão o senhor José Wilker receberia uma resposta pronta à sua lógica do quem cala, não consente. E não poderia exercer jornada dupla com horários convergentes, como acontece ao ser ator e Presidente da Riofilme.
Um cargo municipal é um cargo político, queiram ou não. Política se faz com convicções (pelo menos quando o Verbo era Verbo). E políticos que calam diante de descalabros de superiores repetem a postura dos militares que obedecem a ordens como as de torturar sem esboçar reação, desligando o juízo e o coração. Apenas cumpro ordens! É esta a lógica que o senhor José Wilker diz ser a lógica de seu cargo.
Eu gostaria de uma atitude mais corajosa de um Presidente da Riofilme.
A apatia daquela platéia do Odeon é preocupante. Ali estavam pessoas que, teoricamente, pensam o país nas telas.
E elas se calaram, tal qual o Presidente da Riofilme.

Marcadores:

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Para os festeiros


Na 3ª edição da Festa Retrô, o DJ Tucanão tocará hits dos anos 2000 até 1970 e o público ainda ganha doces retrô (balas 7 belo, bolete, guarda-chuva e moeda de chocolate, entre outros).
A Festa Retrô será no dia 5 de outubro, sexta, a partir das 22h, no Varandas Cultural, que fica na Rua do Lavradio, 74. O ingresso custa R$ 15, sem flyer, e R$ 10, com flyer.

Marcadores:

Barriga internacional

A Associated Press diz que "O Globo" alimentou boatos pela queda de Morales. A noticia se refere a uma reportagem enviada de Santa Cruz de La Sierra, sede da oposição a Morales na Bolivia, por um repórter do jornal: "'O Globo', um dos maiores jornais do Brasil, deu credibilidade à lorota mais assustadora do ano. Citou uma autoridade estadual anônima de Santa Cruz dizendo que uma milícia anti-Morales, de 12 mil homens, estava escondida na floresta, esperando o momento certo. O repórter do jornal nunca viu a milícia e nao apareceu nenhuma prova para confirmar a fofoca", diz a nota da Associated Press.

Marcadores:

Piauí no Observatório


O documentarista e agora jornalista João Moreira Salles é o convidado de hoje do "Observatório da imprensa", programa comandado por Alberto Dines, que vai ao ar às 22:40h, na TVE. O tema será o primeiro ano da revista "Piauí", criada e editada por João.

Marcadores: